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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

História da Diocese de Tianguá

Histórico

A Diocese de Tianguá foi criada pelo Papa Paulo VI, juntamente com as Dioceses de Itapipoca e Quixadá, a 13 de março de 1971, pela Bula “Qui summopere”. Tianguá foi desmembrada da Diocese de Sobral em todo o seu território.
Geograficamente, sita na zona norte do Estado do Ceará, Brasil, ocupa um território de 9.680,7 Km², com uma população estimada, hoje, em 458.828 habitantes (estimativa IBGE – 2009). A sede da Diocese, Tianguá, dista 315 Km da Capital do Estado, Fortaleza, sendo ligada por estrada de asfalto. A pesar de ser um território pequeno, para os cânones das circunscrições eclesiásticas do Brasil, não deixa de apresentar uma certa dificuldade de comunicação por estar composta de duas realidades bem diferenciadas e mal comunicadas entre si: a Região do Litoral e do Sertão, zona baixa e quente, dista 103 Km (Granja) da matriz, e 191 Km (Bitupitá); e a Região da Ibiapaba, denominada de “Serra Grande da Ibiapaba”, um Planalto com média de 640 a 950 metros de altitude sobre o nível do mar.
Politicamente, a Diocese integra 13 Municípios: Camocim, Granja, Barroquinha e Chaval, no litoral norte; Viçosa do Ceará, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito, Carnaubal. Guaraciaba do Norte e Croatá, no Planalto da Ibiapaba; e Graça, no Sertão.
Economicamente, é uma região primária com atividades de agricultura, pesca e extrativismo. A região da Ibiapaba, possuindo uma estreita faixa úmida, é favorável ao cultivo de frutas, verduras, cana de açúcar, flores tropicais e, hoje, lindas rosas para a exportação. O resto do território só oferece possibilidades para os cultivos tradicionais de mandioca, milho feijão e, nas encostas da serra, arroz; todos produtos da chamada agricultura de subsistência. A Indústria é incipiente, atendendo o setor de roupas, calçados, produtos manufaturados de couro e fibras, conservas (doces) e pequenos engenhos que fabricam aguardentes e rapaduras. Nas cidades, a maioria dos postos de trabalho depende das prefeituras e do pacato comércio varejista. São poucos os trabalhadores de carteira assinada e os que recebem conforme a vencimento.
Eclesiasticamente, a Diocese está integrada por 20 Paróquias, 04 Áreas Missionárias e 01 Área Pastoral. Os trabalhos pastorais são orientados por 43 Sacerdotes, 02 Diáconos Transitórios e 09 Diáconos Permanentes, secundados por um significativo número de religiosas e leigos que compartilham na corresponsabilidade a missão evangelizadora. Para melhor administrar o numeroso Povo de Deus que o Senhor nos confiou, a Diocese investe na descentralização de comunidades e serviços, tendo dividido o território em três grandes regiões episcopais.


Sant'Ana, Padroeira da Diocese


Padroeira da Diocese de Tianguá, Santa Ana ou Sant’Ana é a mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus. O nome “Ana” vem do hebraico “Hanna” e significa “graça”. Sobre ela, porém, há poucos dados biográficos. Santa Ana era de família descendente do sacerdote Aarão e esposa de São Joaquim que, por sua vez, era descendente da família real de Davi. 
Santa Ana tinha um grave problema: era estéril não conseguindo engravidar mesmo depois de anos de casada. Santa Ana e São Joaquim, porém, eram pessoas de fé e confiavam em Deus, apesar de todo sofrimento que viviam. Confiando na graça de Deus, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência, quando um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces.
Pouco tempo depois que São Joaquim voltou para casa, Ana engravidou. Deus estava preparando aquele casal para gerar Maria, a virgem pura concebida sem pecado. Assim, Santa Ana tem importante papel na História da Salvação, não só por ter gerado Maria, mas também pela formação que possibilitou à futura Mãe do Salvador.


Brasão da Diocese de Tianguá




Escudo de sinopla (verde), mantelado de goles (vermelho), com bordadura de jalde (ouro). Uma faixa ondeada de argente (prata) com três ondas de blau (azul) em contrachefe, e encimada de um sol radiante e flamejante carregando uma hóstia de sua cor e sobre esta o monograma “IHS”, sobreposta a letra “H” de uma cruz e três cravos postos em pala, tudo de goles(vermelho). Sobre o mantelado, à destra, três flores-de-lis de argente (prata) postas uma e duas; à sinistra umpergaminho aberto carregando o monograma “AM” de blau (azul). Sobre a bordadura circulam doze copas de carnaubeiras, cada uma em forma de cruz, tudo de sinopla (verde). Como timbre uma mitra de jalde (ouro) forrada e adornada de goles (vermelho), com duas ínfulas, franjadas,de jalde (ouro), com uma cruz de goles(vermelho) em ponta. Passadas em aspa, por trás do escudo, à destra, a cruz episcopal de ouro, com as pontas treboladas e sobre elas um rubi, e à sinistra o báculo pastoral de jalde (ouro), com um rubi em sua ponta torcida. Sob o escudo um listel de argente (prata) forrado de goles(vermelho) com a legenda "DIOCESE DE TIANGUÁ" em sable (negro).
Interpretação
O escudo indica as três regiões da diocese: o verde representa a região serra onde está a sede e simboliza a vida biológica; as ondas representam a região litoral e simbolizam a vida divina recebida no batismo; e as carnaubeiras sobre a borda dourada aludem à região sertão e ao Nordeste brasileiro onde está situada a Diocese e simbolizam os apóstolos, a comunhão e a perseverança na missão.
O sol radiante com o monograma de Cristo e os cravos – peça heráldica símbolo dos padres jesuítas – lembram os inícios da evangelização da Ibiapaba efetuada por estes missionários. Adentrando pelo litoral, enfentaram o desafio de levar o anúncio da salvação até os limites do martírio simbolizado pelo vermelho do sangue que derramaram, regando as primeiras sementes do Evangelho lançadas nestas terras. Simbolizam, ainda, a Eucaristia,alimento e fortaleza dos que recebem a fé, no anúncio e testemunho de Cristo, como verdadeiros discípulos missionários prontos a darem a vida em favor dos irmãos.
Três flores-de-lis presentes no brasão do papa Paulo VI, foram reproduzidas para fazer memória do pontífice que criou a Diocese; como no brasão papal, elas representam a fé, a esperança e a caridade.
O pergaminho de prata carregando o monograma azul, simbolizam Sant’Ana e Maria unidas pelo mistério da Palavra. Sant’Ana transmite a Palavra da esperança, e Maria gera e apresenta ao mundo a Palavra que se fez carne.
A cruz, o báculo e a mitra tipificam o brasão de uma diocese; foram postos em ouro para simbolizar a generosidade e o ardor da missão, e adornados de vermelho para indicar a participação da Igreja no sacrifício de Cristo para a salvação do mundo.

Brasão do Bispo de Tianguá



Escudo Eclesiástico pleno, de ouro, com uma cruz adestrada de vermelho sobre uma “chapada” com declive à sinistra, em “contra-chefe”, de verde. Ao centro da cruz um coração flamejante circundado de espinhos, tudo de ouro; ferido à sinistra, dele brotam, ao centro do escudo, doze gotas de sangue ao natural. Ao lado da cruz um lírio branco aberto, com haste de verde e duas folhas do mesmo, posto do cantão esquerdo ao flanco. Como timbre o chapéu prelatício com cordões e borlas de verde, em número de doze dispostas seis por parte na ordem um, dois e três. O conjunto pousa sobre uma cruz hastil de ouro. Como divisa, num listel de ouro, forrado de vermelho, a legenda: “ZELUS DOMUS TUAE COMEDIT ME”  em letras maiúsculas de preto.


Fonte: Diocese de Tianguá





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