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terça-feira, 26 de junho de 2018

XVIII Congresso Eucarístico: “Dioceses estão todas motivadas”, diz dom Saburido


O XVIII Congresso Eucarístico Nacional acontecerá em Recife (PE), de 12 a 15 de novembro de 2020. O tema já foi escolhido: “Pão em todas as mesas”. Em entrevista ao portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, que é presidente do regional Nordeste 2 da entidade, falou sobre a preparação para o evento e do envolvimento das dioceses e arquidioceses de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Dom Fernando ainda recorda o lançamento de materiais do Congresso, como o hino oficial e a logomarca do 18° CEN, em um momento festivo, com apresentações culturais do Movimento Pró-criança, Instituto Dom da Paz e Orquestra Criança Cidadã, grupos pertencentes ou ligados à arquidiocese.
Como tem sido a preparação e a expectativa para sediar mais uma vez o Congresso Eucarístico Nacional?

Pastoral da Comunicação AOR
Tem sido uma ocasião de muita alegria para a arquidiocese de Olinda e Recife. Todo mundo está vibrando com essa oportunidade que, pela segunda vez, acontece lá em Recife. Já temos formada a comissão central com representantes de todas as quatro províncias eclesiásticas [do regional Nordeste 2 da CNBB] e o clima é de festa. Estamos preparando neste momento para fazer o lançamento da logomarca e do hino do congresso. Isso vai acontecer exatamente dois anos antes do congresso, no dia 12 de novembro de 2018, no Centro de Convenções de Recife. É um dos locais onde vai acontecer o congresso e onde teremos os seminários, as palestras, as feirinhas, exposições. E todo mundo está realmente bastante feliz, motivado, esperançoso.
É a primeira vez que acontece essa experiência de todo o regional se envolver no projeto do congresso e a gente percebe que as dioceses estão todas motivadas. É tanto que o regional Nordeste 2 aceitou fazer a coleta para o congresso antecipadamente para termos recursos para começar os trabalhos, de modo que será em setembro desse ano a coleta no regional, enquanto no país inteiro vai ser em setembro do próximo ano.
Para o próximo ano também estão previstos eventos nas sedes das províncias?
Estamos pensando isso, como vai acontecer. Não serão congressos, mas eventos de preparação para o Congresso e quem vai ficar à frente são os representantes das províncias que vão entrar em contato com as demais dioceses para organizar isso. Mas está tudo no começo, começamos a apensar isso agora e vamos para frente.

Foto: Pastoral da Comunicação AOR
E sobre o tema “Pão em todas as mesas”, o que motivou é uma realidade local e de todo o Brasil?
Acho que no Brasil, o Norte e o Nordeste são duas regiões muito sofridas. Então, havendo um Congresso Eucarístico em Recife, não poderia ser diferente. Pensamos num tema inspirado um pouco em um dos cânticos do Zé Vicente, que fala em Pão em todas as mesas, e procurar mostrar essa realidade diversa do Recife: as grandes potências que tem lá – pessoas que realmente tem bastante condições – e a miséria – que é muito presente também. E procurar trabalhar e moldar, para levar partilha, levar as pessoas a pensar no outro, nos pobres de maneira especial, para que o congresso seja fruto de um esforço nesse sentido de fazermos comunhão, de sermos solidários, para com os nossos irmãos mais sofridos.

Essa é a segunda vez que arquidiocese sedia o Congresso Eucarístico Nacional. O que tem de legado de lá para cá?
O primeiro congresso foi em 1939, portanto há bastante tempo. Muita coisa mudou, são décadas de diferença, mas nós vamos fazer um elo entre os dois acontecimentos. Estamos pesquisando para encontrar elementos que possam se completar e aproveitar as ideias, lembranças do primeiro congresso para poder então agora dar continuidade nessa ocasião, de modo que todo isso está sendo trabalhado por equipes específicas. Temos 13 equipes montadas e trabalhando para poder então fazermos um, congresso bonito e que possa fazer um bem não só à arquidiocese e ao mundo, mas a todos aqueles que vão participar conosco lá no Recife em 2020.

Um dos legados do congresso de 1939 foram igrejas construídas e os locais de eventos.
O primeiro congresso de 1939 deixou uma lembrança muito forte: foi a construção de uma Igreja em um bairro bastante importante de Recife, o Espinheiro, uma Igreja dedicada à Eucaristia. E essa Igreja atualmente é uma paróquia muito frequentada que todos se recordam do congresso a partir dela. Não somente a igreja, mas também o parque 13 de maio, que é um parque importante de Recife. Lá que foi a sede do Congresso. Naquela época não tinha absolutamente nada e hoje é um parque bastante importante e frequentado e que foi um legado do congresso eucarístico de 1939.
Fonte: CNBB

CONSER: Bispos e governo estadual dialogam sobre Segurança Pública no Ceará


A primeira reunião, de 2018, do Conselho Episcopal Regional (CONSER) da CNBB Nordeste 1 teve início nesta segunda- feira, dia 25 de junho, pela manhã, no Palácio da Abolição, em Fortaleza, onde os bispos das dioceses do Ceará se reuniram com o governador Camilo Santana. A pauta principal foi a análise das propostas apresentadas, pela conferência, no documento sobre Segurança Pública no Estado.
Essa temática já foi discutida em outro encontro com o governador, mas dois motivos fizeram os bispos retomarem essa discussão: o tema da Campanha da Fraternidade 2018, que fala sobre superação da violência, e o agravamento desse cenário no Estado. “Queremos com isso colaborar para a paz e a justiça no nosso Estado, não só levantando questões, mas também apresentando propostas de encaminhamentos e soluções”, justificou o secretário da CNBB Regional, dom Antônio Cavuto.
As propostas giraram em torno da promoção e respeito aos direitos humanos no centro da concepção de uma segurança cidadã, com fortalecimento e ampliação de formas de participação e controle social; prioridade absoluta de crianças, adolescentes e jovens e combate a todas as formas de opressão (racismo, lgbtfobia e violência de gênero); fim do encarceramento em massa, da degradação da vida nas prisões e reformulação dos centros educacionais; e, o desarmamento, controle de armas, tendo em vista um sistema criminal mais eficiente.
À medida que era lido cada tópico das propostas, o governador, com seus secretários, esclarecia o que já havia sido feito, apresentando também os projetos que estão em execução.
A reunião, que foi concluída no início da tarde e contou também com a participação dos assessores da CNBB no Ceará e da irmã Rosália Alencar Alves, secretária executiva do regional, foi o primeiro momento do Conser que deve se estender até a próxima quinta- feira, ao meio dia.
Encaminhamentos
Após dialogarem sobre as propostas, o governador apresentou alguns encaminhamentos elaborados a partir das demandas e partilhas das realidades de cada diocese. Foram eles:
1- Ampliar parcerias com instituições/ entidades de recuperação de dependentes químicos;
2- Situação dos empreendimentos “Minha casa, minha vida”;
3- Construção do presídio de Crateús;
4- Ampliação das vagas do Programa de Proteção;
5- Realização da Conferência Estadual de Segurança Pública Descentralizada;
6- Relatório de homicídio de adolescentes;
7- Convidar o prefeito de Fortaleza e o presidente da APRECE (Associação dos Municípios do Estado do Ceará) para participarem das próximas reuniões com os bispos;
8- Inserir a presença do Secretário da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social nas reuniões mensais do Ceará de Paz;
9- Realização das Campanhas: CNBB, desarmamento.
Para dom Cavuto, o resultado desse encontro com o governador do Estado foi muito positivo. “A gente nota que, por parte do governador e seus secretários, há boa vontade de nos ouvir e considerar essas propostas. É muito bom a gente sentir que há o desejo do governo de uma colaboração nossa, como Igreja, tendo em vista o bem do nosso povo. Esse é o nosso interesse, promover tudo aquilo que vá proporcionar melhores condições de vida para nossa população já tão sofrida”, disse.
Igreja e Poder Público
A ligação entre Igreja e Poder Público é vista, pelo governador Camilo Santana, como uma relação importante para o bom andamento da sociedade.
“Pra mim é muito importante ouvir as reclamações, as demandas, as sugestões da Igreja aqui no Ceará. Nós criamos esse ambiente para nos reunir, discutir. Pra mim é importante para o governo, para a equipe do governo, pra mim enquanto governador essa aproximação da Igreja Católica com o governo pra que a gente possa construir ações conjuntas e nos fortalecer principalmente nos desafios de enfrentamento dos problemas do Ceará”, disse Camilo.
O Conser acontece semestralmente e, desde 2016, o primeiro dia do encontro tem tido como pauta a reunião com o governador.

Por: Jornalista Patrícia Silva (MTE 3815/CE)
 
Fonte: Setor de Comunicação Regional

Santo do dia

São Vigílio


Vigílio nasceu em Roma e vivia com a família na belíssima região montanhosa trentina. Ele foi consagrado Bispo de Trento e tinha autoridade por todo o norte da Itália. Ele foi o terceiro Bispo desta diocese e parte importante desse território ainda não estava evangelizada.
Vigílio se engajou de corpo e alma para combater e erradicar o paganismo de sua região. Para auxiliá-lo, recebeu mais três sacerdotes missionários, Sisínio, Martiro e Alessandro, todos vindos do Oriente. Assim, os trabalhos avançavam pois percorriam todas as localidades pregando e catequizando a população.
Ele se tornou respeitado pelo seu estilo humilde e servil, pelo caráter reto e justo e por sua amizade e caridade sem distinção. Desta forma, Vigílio conseguiu a conversão de muitas aldeias e cidades pagãs; por outro lado, fez muitos inimigos. Depois de dez anos de trabalho missionário, uma tragédia ocorreu: os três missionários, auxiliares de Vigílio, foram mortos e queimados.
Mesmo diante dessa fatalidade, Vigílio não mudou seu comportamento. Humildemente, perdoou as pessoas que cometeram estas atrocidades e recolheu as relíquias dos mártires missionários, enviando-as para Constantinopla e Milão.
Segundo uma antiga tradição, ele teria sido martirizado com coices de cavalo. O bispo Vigílio morreu no dia 26 de junho de 405.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Fonte: http://www.catolicoorante.com.br

 

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Como ler a Bíblia?


Devemos compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita para os homens e pelos homens; logo, ela apresenta duas faces: a divina e a humana. Logo, para poder interpretá-la bem é necessário o reconhecimento da sua face humana, para depois, compreender a sua mensagem divina.
Não se pode interpretar a Sagrada Escritura só em nome da “mística”, pois muitas vezes podemos ser levados por ideias religiosas pré-concebidas, ou mesmo podemos cair no subjetivismo.
Por outro lado, não se pode querer usar apenas os critérios científicos (linguística, arqueologia, história,…); é necessário, após o exame científico do texto, buscar o sentido teológico.
A Bíblia não é um livro caído do céu, ela não foi ditada mecanicamente por Deus e escrita pelo autor bíblico (= hagiógrafo), mas é um Livro que passou pela mente de judeus e gregos, numa faixa de tempo que vai do século XIV a.C. ao século I d.C. E por causa disto é necessário usar uma tradução feita a partir de originais e com seguros critérios científicos.
Os escritos bíblicos foram inspirados a certos homens; isto é, o Espírito Santo iluminou a mente do hagiógrafo a fim de que ele, com sua cultura religiosa e profana, pudesse transmitir uma mensagem fiel à vontade de Deus. A Bíblia é portanto um livro humano-divino, todo de Deus e todo do homem, transmite o pensamento de Deus, mas de forma humana. É como o Verbo encarnado, Deus e homem verdadeiro. É importante dizer que a inspiração bíblica é estritamente religiosa; isto é, não devemos querer buscar verdades científicas na Bíblia, mas verdades religiosas, que ultrapassam a razão humana: o plano da salvação do mundo, a sua criação, o sentido do homem, do trabalho, da vida, da morte, etc.
Não há oposição entre a Bíblia e as ciências naturais, ao contrário, os exegetas (estudiosos da Bíblia) usam das línguas antigas, da história, da arqueologia e outras ciências para poderem compreender melhor o que os autores sagrados quiseram nos transmitir.
Mas é preciso ficar claro que a revelação de Deus através da Bíblia não tem uma garantia científica de tudo o que nela está escrito. É inútil pedir à Bíblia uma explicação dos seis dias da criação, ou da maneira como podiam falar os animais, como no caso da jumenta de Balaão. Esses fatos não são revelações, mas tradições que o autor sagrado usou para se expressar.
A própria história contida na Bíblia não deve ser tomada como científica. O que importa é a “verdade religiosa” que Deus quis revelar, e que às vezes é apresentada embutida em uma parábola, ou outra figura de linguagem.
O mais importante é entender que a verdadeira leitura bíblica deve sempre ter em vista a finalidade principal de toda a Sagrada Escritura que é a de anunciar Jesus Cristo e dar testemunho de sua pessoa. Para aqueles que viviam no Antigo Testamento, se tratava apenas de um Salvador desconhecido, que viria. Mas para nós, se trata do Salvador que “habitou no meio de nós”, e que ressuscitado está no meio de nós até o fim dos tempos, quando voltará visível e glorioso para encerrar a história.
Por ser Palavra de Deus, a Bíblia nunca envelhece, nem caduca; ela fala-nos hoje como para além dos séculos. Cristo é o centro da Sagrada Escritura. O Antigo Testamento o anuncia em figuras e na esperança; o Novo Testamento o apresenta como modelo vivo.
O Catecismo nos ensina que “Deus, na condescendência de sua bondade, para revelar-se aos homens, fala-lhes em palavras humanas” (§101).
“Através de todas as palavras da Sagrada Escritura, Deus pronuncia uma só Palavra, seu Verbo único, no qual se expressa por inteiro” (§102).
“Com efeito, as palavras de Deus, expressas por linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens” (DV,13).
Santo Agostinho ensinava que:
“É uma mesma Palavra de Deus que se ouve em todas as Escrituras, é um mesmo Verbo que ressoa na boca de todos os escritores sagrados, ele que, sendo no início Deus, junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, por não estar submetido ao tempo” (Sl 103,4,1).
Somente as palavras originais com as quais a Bíblia foi escrita (hebraico, aramaico e grego) foram inspiradas; as traduções não gozam do mesmo carisma da inspiração; é por isso que a Igreja sempre teve muito cuidado com as traduções, pois podem conter algum sentido que não foi da vontade do autor e de Deus.
As traduções devem ser fiéis aos originais; e isto não é fácil.
Fonte: Retirado do livro: “Escola da Fé – Vol. II – A Sagrada Escritura”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Romaria da Terra e da Água: Regional Nordeste 4 promove reflexão sobre água e mineração


Com o tema “Defender a natureza e os direitos dos pobres” e lema “Para que todos tenham vida” (Jo 10, 10), a 14ª Romaria da Terra e da Água do Piauí vai ser realizada nos dias 14 e 15 de julho na cidade de Paulistana, diocese de Picos (PI).
A iniciativa que já tem mais de 3 mil inscritos tem como objetivo evidenciar o clamor do povo por vida digna e lutar pela preservação da terra e da água como dons de Deus, essenciais à vida de todos. Pela quantidade de romeiros já inscritos esta deve ser uma das maiores romarias já realizadas no estado do Piauí.
O arcebispo de Teresina (PI), dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho e presidente do Regional Nordeste 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) diz que realizar a Romaria cidade de Paulistana, situada no sudeste do Piauí, é um ato profético pois a região sofre as consequências da mineração e da estiagem.
A Romaria acontece no Piauí desde 1988 e se tornou uma grande mobilização popular na defesa da preservação da terra e da água. Além de ser um momento de reflexão da sociedade sobre o cuidado com o meio ambiente.
“O que nós esperamos é uma chamada de atenção particularmente, no ano eleitoral, para a corresponsabilidade que nós temos diante dos graves problemas sociais da região como é a questão da mineração, políticas públicas, que atingem especialmente a atividade agrícola e hídrica da região”, ressalta dom Jacinto.
O evento tem o apoio de entidades como o Fórum de Convivência com o Semiárido, Pastorais Sociais pertencentes ao regional NE 4 CNBB, Federação dos Trabalhadores em Agricultura (Fetag), Obra Kolping, Cáritas e Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A 14ª Romaria já conta com um aplicativo para os romeiros ficarem informados sobre tudo que envolve a Romaria. O aplicativo “Em Romaria” pode ser baixado no Google Play (Android) ou App Store (Apple)
Fonte: CNBB

Bispos definem o processo de atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil


Parte da manhã do segundo dia de reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi dedicada ao processo a ser desenvolvido para a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelização (DGAE). As atuais diretrizes, que compreendem o período de 2015 a 2019, serão atualizadas na 57ª Assembleia Geral dos Bispos, a ser realizada no próximo ano.
Algumas intervenções vieram no sentido de manter as diretrizes assumidas na Assembleia Geral da CNBB de 2014, quando os prelados decidiram dar continuidade às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2011-2015, atualizando-as à luz da Exortação apostólica do Papa Francisco sobre a alegria do Evangelho. A continuidade foi motivada pela necessidade de dar prosseguimento ao processo de aplicação do Documento de Aparecida, que é a principal referência das Diretrizes 2011-2015.
Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina (PR) e vice-presidente do regional Sul 2, defendeu a necessidade de atualizar as diretrizes com o enfoque da atuação da Igreja na realidade urbana. O bispo disse ser necessário levar em consideração as reflexões produzidas no XIV Intereclesial de CEBs e sobre o Encontro dos Bispos das Metrópoles. “É muito importante que o documento aprofunde a questão das periferias e, sobretudo, do que estamos chamando de ‘periferias existenciais’. Lá, a Igreja precisa atuar com a caridade e assistência aos mais pobres”, disse.

Bispos participam de debate das diretrizes. Foto: Assessoria de Imprensa CNBB/Matheus de Souza
Eixo aglutinador – Dom João Justino, arcebispo coadjutor de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal para a Cultura e Educação, também foi favorável a manter as diretrizes não com a ideia de “urgências” mas como pilares constantes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. Para ele, é necessário ter um eixo aglutinador de ações de todos, o que poderia ser “a iniciação à vida cristã”.
Na avaliação de dom Vilson Basso, bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, é necessário investir numa nova metodologia de escuta dos destinatários da ação, a exemplo dos processos de escuta que o Papa Francisco vem fazendo com o processo dos Sínodos.
O arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, lembrou que é importante ter em conta que são diretrizes e não um plano. “Cabe posteriormente às dioceses, organismos e regionais produzirem seus planos pastorais com bases nas diretrizes gerais”, disse. Para ele, é importante que a revisão seja feita a partir de uma avaliação às Comissões Episcopais da CNBB e dioceses.
Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, disse que será convocada reunião da Equipe Responsável pelo processo de atualização das diretrizes. Esta, com base no material produzido na última assembleia geral da CNBB e nesta reunião do Conselho Permanente, produzirá uma primeira versão do texto que deverá ser apreciada em reunião do Conselho Permanente de março de 2019, antes da próxima assembleia geral.
Fonte: CNBB

Santo do dia

São Luís Gonzaga




Luís nasceu no dia 09 de março de 1568 na Itália. Era o primeiro dos sete filhos. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava em ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia.
Quando tinha dez anos, foi enviado à Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Depois foi à Espanha, para ser pajem do Infante Dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia. Com doze anos, recebeu a Primeira Comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje Santo da Igreja.
Desejava ingressar para a vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para se convencer de sua vocação. Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas.
Passou a atender os doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade.
Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 1591. Foi proclamado padroeiro da juventude.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Fonte:http://www.catolicoorante.com.br

terça-feira, 19 de junho de 2018

Paróquia da cidade de Miraíma inicia a festa de seu padroeiro São Pedro


A Paróquia da cidade de Miraíma estado do Ceará iniciou hoje a festa de seu padroeiro de São Pedro, uma grande festa organizada pelo seu pároco Padre Paulo José e equipe paroquial, a festa deu inicio hoje com caminha e alvorada e logo depois terminada com o café comunitário partilhado. A festa ocorrerá no período de 19 a 29 de junho.

confira abaixo as fotos da caminhada matinal e alvorada e a programação da festa.






Com informações de Leylla Maria.


Santo do dia

São Romualdo Romualdo



Romualdo nasceu em Ravena, na Itália, no ano de 956. Sua família não tinha vínculo algum com a religião. Diz a história que seu pai o fez assistir a um duelo, onde acabou assassinando um parente. Após este episódio, Romualdo sentiu-se tocado por Deus e recolheu-se num convento na França.
Repensou a existência e decidiu-se pela vida monástica, ingressando na Ordem de São Bento. Em pouco tempo, tornou-se um exemplo para todos. Tanta era sua disciplina, tamanha era sua dedicação, que passou a sofrer oposição de seus irmãos de ordem. Resolveu abandonar o mosteiro e tornou-se eremita. Aperfeiçoou-se tanto no trabalho espiritual que atraiu vários amigos para a vida religiosa.
Romualdo fundou vários conventos, dando origem à Ordem dos Camaldulenses. Sua grande obra foi a reforma da disciplina monástica, que fez os conventos recuperarem os verdadeiros valores cristãos em sua época. Introduziu uma nova característica na vida dos monges, que além da vida contemplativa consistia na participação ativa dos problemas do seu tempo.
Romualdo pressentindo a sua morte, despediu-se dos monges e quis morrer sozinho. Faleceu no dia 19 de junho de 1027.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Fonte: http://www.catolicoorante.com.br

Papa Francisco em Genebra: o programa da viagem


Três os compromissos do Papa previstos para o dia 21 de junho, na viagem pelos 70 anos do Conselho Mundial de Igrejas. Encontro também com uma delegação coreana com representantes do Norte e do Sul. O programa foi apresentado no Vaticano pelo diretor da Sla de Imprensa vaticana, Greg Burke.
Michele Raviart - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco irá à Suíça "como peregrino ecumênico" para "caminhar, rezar e trabalhar em conjunto": foi o que disse o diretor da Sala de Imprensa vaticana Greg Burke, apresentando em um "briefing" a viagem do Pontífice a Genebra prevista para a próxima quinta-feira (21/06), por ocasião dos 70 anos do World Council of Churches (Wcc), o Conselho Mundial de Igrejas, organização ecumênica à qual fazem referência cerca de 500 milhões de cristãos não católicos no mundo.

Os discursos oficiais do Papa

 

Três os discursos do Papa previstos durante a sua permanência de poucas horas em território suíço. A Suíça será o 35º país a ser visitado por Francisco desde o início do seu Pontificado.
Uma reflexão durante a oração ecumênica no Wcc pela manhã, na presença de cerca de 250 fiéis, e um discurso à tarde, no Visser't Hoot Hall do Centro, no qual discursarão também o rev. Olav Fyske Tvei, secretário geral do Wcc, o moderador, a Dra. Agnes Abuom. Às 17h30 locais, no Palaexpo de Genebra, o Santo Padre celebrará a Santa Missa, no dia em que a Igreja recorda o santo jesuíta São Luis Gonzaga.
Estão sendo esperados aproximadamente 40.000 fiéis, provenientes também da vizinha França, enquanto telões serão instalados em frente ao prédio. Na conclusão, Dom Charles Morerod, bispo da diocese de Lausanne, Genebra e Friburgo e presidente da Conferência Episcopal Suíça, fará uma saudação ao Papa.

Encontro com uma delegação coreana

 

Além do encontro, na sua chegada, com o Presidente da Confederação Suíça Alain Berset, com os bispos suíços, o núncio apostólico e o Observador da Santa Sé na ONU em Genebra, após a missa previsto também uma saudação a oito membros coreanos do Wcc, quatro da Coreia do Norte e quatro da Coreia do Sul.
Para o almoço, o Papa Francisco será hóspede do Instituto Ecumênico de Bossey, onde visitará a capela junto com 30 alunos e o padre Lawrence Iwuamadi, primeiro decano católico na história do instituto.

Francisco será recebido por dois ex-guardas suíços

 

O Papa Francisco será recebido no aeroporto de Genebra, conforme protocolo para visitas papais à Suíça, também por dois ex-guardas pontifícios, enquanto o coronel Cristoph Graf, comandante da Guarda Suíça Pontifícia, fará parte da comitiva papal.
Fonte:https://www.vaticannews.va

Estão abertas as inscrições para o 1º Seminário Litúrgico-Bíblico-Catequético do Regional


Entre os dias 20 e 22 de julho, as comissões de Liturgia e Bíblico-Catequética do Regional Nordeste 3 da CNBB realizarão o 1º Seminário Litúrgico-Bíblico-Catequético, em Aracaju (SE). Com o tema Iniciação à Vida Cristã: perfeita sintonia entre catequese e liturgia, o evento tem como objetivo refletir sobre a liturgia renovada pelo Concílio Vaticano II, tendo como foco os sacramentos da iniciação à vida cristã, centralizada na celebração do Mistério Pascal de Cristo, a partir do processo mistagógico entre catequese e liturgia.
A atividade será realizada no Seminário Nossa Senhora da Conceição (rua Verde Prata, 139 – Lamarão) e contará com a assessoria do padre Thiago Faccine Paro é especialista em Espaço Litúrgico e Arte Sacra, Mestre em Teologia, Assessor do Setor de Espaço Litúrgico da CNBB e Secretário Executivo da Associação dos Liturgistas do Brasil – ASLI. Ainda é autor da coleção de manuais de catequese “O Caminho”, e dos livros “As Celebrações do RICA: conhecer para bem celebrar” e “ Conhecer a FÉ que professamos”, publicados pela editora Vozes.
Inscrições
As inscrições podem ser feitas através do link https://bit.ly/2kQPOuB
Investimento
Com hospedagem, alimentação, assessoria e material de secretaria: R$ 160,00 (cento e sessenta reais) para os que fizerem sua inscrição e depósito até dia 05 de julho 2018. Após esta data pagarão R$ 180,00 (Cento e oitenta reais).
Com alimentação, assessoria e material de secretaria: R$ 100,00 (Cem reais) para os que fizerem sua inscrição e depósito até dia 05 de julho 2018, após esta data pagarão R$ 120,00 (cento e vinte reais).
Informações:
Coordenação da Dimensão Liturgia NE3: Pe Erimatéia / Tel.: (74) 99991-9007
Secretaria: Roberto / Tel.: (75) 981481770
E-mail: liturgiacnbbne3@gmail
Coordenação da Dimensão Bíblico-Catequética: Terezinha Tel.: (79) 99971-5211
Fonte: https://www.cnbbne3.org.br

Famílias de todo mundo se preparam para o Encontro com o papa Francisco na Irlanda


Daqui há pouco mais de dois meses Dublin, na Irlanda, vai sediar o 9º Encontro Mundial das Famílias. O evento que acontece de 22 a 26 de agosto terá como tema “O Evangelho da família, alegria para o mundo”.
“A família é para o papa Francisco e é para todos nós um dom, um motivo de grande alegria e é também uma boa, destaca o bispo da Diocese de Osasco (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB, dom João Bosco Barbosa de Sousa.
O Encontro Mundial das Famílias foi idealizado pelo papa São João Paulo II em 1992 e acontece a cada três anos. O objetivo é “celebrar o dom divino da família” e aprofundar a “compreensão da família cristã como Igreja doméstica e unidade básica de evangelização”.
Estão sendo esperados em torno de 15 a 20 mil participantes do mundo inteiro porque esse encontro tem uma grande repercussão na Igreja e nas famílias do mundo inteiro pois é um tema amplo que será trabalhado em diversas palestras, seminários e oficinas de trabalho em diversos idiomas.
Para dom João Bosco este encontro deverá trazer reflexões que haverão de ser trabalhadas depois nas diversas Conferências Episcopais, nos diversos regionais, nas dioceses e paróquias e comunidades de forma muito rica.
O papa Francisco em carta enviada ao cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, Família e Vida diz: “Na verdade, desejo que as famílias tenham um modo de aprofundar a sua reflexão e a partilha do conteúdo da Exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia”.
No Brasil, a Igreja já vem se preparando desde que o tema do encontro e algumas indicações do que seria importante refletir foi divulgado pelo Vaticano. A temática foi assunto da Semana Nacional da Família, das publicações como a Hora da Família e também da revista Vida e Família da CNBB. Além disso, também foi debatido nos encontros dos regionais da Pastoral Familiar no Brasil.
” A gente sabe que o tema é muito amplo, a família sempre volta nos discursos do papa Francisco de modo que isso enriquece profundamente a preparação de todos para este evento”, ressalta dom Bosco.
Do Brasil, além das famílias que se inscreveram, estarão presentes o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB, dom João Bosco Barbosa de Sousa, o assessor nacional da comissão, padre Jorge Alves Filho e o casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz Zilfredo Stolf e Carmen Rodrigues Stolf.
Os fiéis que participarem do encontro receberão do papa Francisco o dom da indulgência. O decreto divulgado pela Penitenciaria Apostólica explica que que a indulgência plenária será concedida “às condições usuais (confissão sacramental, comunhão eucarística e orações de acordo com as intenções do Santo Padre) aos fiéis que, com a alma desapegada de qualquer pecado, participarão devotadamente de alguma função ‘durante o Encontro’”, na presença do Papa.
Segundo o documento, os fiéis que não puderem participar do evento também poderão obter a indulgência nas condições citadas se, “espiritualmente unidos aos fiéis presentes em Dublin, recitarem o Pai Nosso, o Credo e outras orações devocionais para invocar da Divina Misericórdia os propósitos indicados acima, especialmente quando as palavras do Pontífice forem transmitidas na televisão e no rádio”.
O Encontro Mundial das Famílias de 2018 terá exposições, eventos culturais e concertos por toda a cidade, além de ações solidárias. No dia 26 de agosto, haverá uma Missa Solene presidida pelo papa Francisco, no Phoenix Park.
Fonte: CNBB



Presidente da CNBB reforça necessidade de solidariedade aos refugiados na 33ª Semana do Migrante


Ontem várias comunidades e paróquias de todo país promoveram atividades de abertura da 33ª Semana Nacional do Migrante que acontece de 17 a 24 de junho, com o tema: “A vida é feita de encontros” e o lema: “Braços abertos sem medo de acolher”. Em Brasília, na catedral metropolitana, a Pastoral do Migrante coordenou a realização da missa de abertura, na manhã do domingo.
O arcebispo da arquidiocese e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, lembrou que a capital do Brasil foi edificada por migrantes, grande parte do Nordeste, que continuam a formar o povo que reside no Distrito Federal. O cardeal ressaltou o papel que o Papa Francisco vem desenvolvendo nesta frente: “O papa tem reforçado, frequentemente, a necessidade da acolhida fraterna aos migrantes, principalmente aos refugiados.

Refugiados da Índia e do Congo levam símbolos em missa de abertura da 33ª Semana do Migrante, na catedral de Brasília.
Símbolos (Globo, uma mala e as  bandeiras do Brasil e do Vaticano) que representam os migrantes e refugiados foram levados ao altar por uma família da Índia e um refugiado do Congo que se encontram em Brasília. A ideia da mala surgiu no Seminário Internacional de Migrações e Refúgio – Caminho para cultura do Encontro, realizada pela Cáritas Brasileira (organismo vinculado à CNBB) realizado, em Brasília-DF, entre os dias 12 a 14 de junho de 2018. (Ver carta abaixo)
A edição deste ano está em sintonia com a campanha mundial da Cáritas “Compartilhe a viagem”, dedicada à sensibilização e à informação sobre imigração e refúgio. “O convite é para ir ao encontro, como gesto natural dos crentes que vivem uma fé Igreja em saída, para abraçar, escutar, apoiar, dar a mão, compartilhar trajetórias, alegrias, dores e fazer-se próximo”, afirmam os organizadores.
“A campanha ‘Compartilhe a viagem’ propõe incentivar as pessoas, homens, mulheres, crianças e jovens, de todos os credos e religiões, para irem ao encontro dos migrantes, colaborando na construção de uma cultura de Paz, a partir das histórias de vida e da diversidade cultural dos migrantes. Por isso, é importante enxergar os migrantes como oportunidade no projeto de reconstrução das sociedades”, situa o arcebispo de Aracaju e presidente da Cáritas Brasileira, dom João José Costa.
Acolher, proteger… – Em um de seus tweets de ontem, 17/06, o papa Francisco comentou: “compartilhemos com gestos concretos de solidariedade o caminho dos migrantes e refugiados. O santo padre em insistido, com a criação da campanha (#sharejourney, #compartilheaviagem) que a Igreja e todos os cristãos junto aos migrantes e refugiados ações organizadas em torno dos quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar.
Em evento realizado dia 15 de junho, no Teatro Fernando Rojas, em Madri (Espanha), o vídeo da campanha, produzido pela Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé, produzido pela La Machi para Buenas Causas, recebeu o prêmio de “Melhor Estratégia Social” no Publifestival – Festival Internacional de Publicidade Social”.
O objetivo da 33ª Semana do Migrante, segundo o bispo de Pesqueira e referencial do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB, dom José Luiz Ferreira Sales é promover a “cultura do encontro”, tão motivada pelo papa Francisco, “fazendo crescer os espaços e as oportunidades para que os imigrantes e as comunidades locais possam se reunir, dialogar e passar à ação”, de acordo com a proposta divulgada.
Além das pastorais e organismos da CNBB, outras instituições ligadas ao atendimento e acompanhamento de migrantes e refugiados colaboraram com o Serviço Pastoral do Migrante e a Cáritas Brasileira nesta ocasião.

Carta do Seminário Internacional de Migrações e Refúgio: Caminhos para a Cultura do Encontro
“Podemos e devemos alimentar nossa esperança nos migrantes e refugiados.
A cultura do encontro inclui o encontro das culturas”.
Cardeal  Tagle
Nós, reunidos no Seminário Internacional de Migrações e Refúgio, Caminhos para a Cultura do Encontro, de 12 a 14 de junho de 2018, sob a liderança do cardeal Luis Antonio Tagle, presidente da Cáritas Internacional, com a participação de migrantes e refugiados de vários países da África, Europa, Ásia e América Latina, de representantes de pastorais, organismos eclesiais, instituições da sociedade civil, de organizações internacionais e governo tivemos a bênção de construir uma reflexão iluminada para a nossa ação de Igrejas, orientados pelas palavras do papa Francisco para acolher, proteger, promover e integrar os povos que migram ou buscam refúgio em nosso país e no mundo.
ANUNCIAMOS que a presença dos migrantes e refugiados entre nós é uma valiosa oportunidade de desenvolvimento da nossa inteligência cultural de relações inter-religiosas, fundamentais ao nosso amadurecimento enquanto humanidade e comunidade que acredita que somos filhos e filhas de Deus.
ACREDITAMOS que no Brasil, um país constituído e construído historicamente, também, com a participação dos imigrantes, a cultura do encontro se forma, no dia a dia nas relações interpessoais, nas rotinas de trabalho, nas partilhas entre vizinhos, e na solidariedade com o irmão e a irmã, a partir da nossa consciência e paciência afetuosa para entender a cultura do outro e para sermos pontes de solidariedade e integração.
COMPREENDEMOS as características do contexto migratório global e regional, destacando o estado da migração em crise, que requer um trabalho articulado, ágil e oportuno de todas as organizações (Igreja, Sociedade Civil, Estado e Organismos Internacionais).
DESAFIAMOS nossas comunidades religiosas, grupos e entidades ao exercício e vivências interculturais nas várias formas de acolhida aos irmãos e irmãs migrantes e refugiados, com criatividade em promover sua integração efetiva e plena na vida da comunidade.
RECONHECEMOS que em muitas realidades ocorrem falhas e lacunas nos serviços de atendimento e acolhimento, inclusive a falta de informações e orientações adequadas e oportunas, que ampliam a vulnerabilidade social dos migrantes e refugiados e que necessitamos aprimorar.
DENUNCIAMOS a criminalização das migrações, a xenofobia, o racismo, a linguagem discriminatória com estereótipos e preconceitos, alarmismos infundados, o uso e a propagação de informações distorcidas sobre temáticas relacionadas com as migrações e o refúgio e, todas as violações aos direitos humanos de migrantes e refugiados, incluindo o tráfico de pessoas e o trabalho análogo à escravidão.
ACREDITAMOS no potencial pessoal, comunitário e político dos migrantes e refugiados e apostamos no protagonismo criativo e corresponsável na construção de relações interculturais solidárias e de vivências nas comunidades com uma presença e contributo positivo.
ENCORAJAMOS migrantes e refugiados, (crianças, jovens e adultos) a acreditarem em si mesmos, em sua fé e em sua força transformadora e de articulação e organização na busca de seus sonhos e projetos de vida.
EXORTAMOS aos Estados, Igrejas e Sociedade Civil para continuar as reflexões interculturais e inter-religiosas sobre o fenômeno migratório na região da América Latina, gerando análises de contextos que permitam compreender e abordar causas e tendências, e projetar respostas coordenadas entre todos os atores.
Frente a tudo que vimos, ouvimos, sentimos e refletimos, nestes dias, faz-se imprescindível o compromisso pessoal, institucional e coletivo com:
  • a ampliação de iniciativas solidárias de interiorização e integração para migrantes e refugiados, envolvendo as comunidades e dioceses, especialmente frente as demandas do fluxo atual de venezuelanos e venezuelanas no Brasil;
  • o fortalecimento e ampliação de parcerias solidárias e estratégicas das instituições que atuam com migrantes e refugiados no país, para que se fortaleça o trabalho em rede e se multipliquem as oportunidades de formação qualificada para o atendimento dessa população;
  • o reconhecimento das necessidades de atendimento, acolhida, proteção e integração diferenciada para mulheres, crianças, comunidades indígenas e população negra, LGBTQI+, pessoas com deficiência, para a construção e atualização do enfoque de gênero e etnia;
  • a qualificação do atendimento e orientação aos migrantes e refugiados que chegam ao país, através de serviços de apoio socioassistencial, incluindo a colaboração de migrantes e refugiados, que já vivenciaram situações semelhantes;
  • a promoção de capacitações sobre conjuntura nacional e internacional e suas relações com os fluxos migratórios atuais, sobre a história, a cultura e a realidade dos países de origem, transito e destino;
  • o desenvolvimento e fortalecimento de ações de prevenção e enfrentamento ao tráfico humano, com olhar para a vulnerabilidade dos migrantes e refugiados neste contexto;
  • o desenvolvimento de ações de empoderamento e fortalecimento da autonomia de migrantes e refugiados, através da organização e auto-gestão destes;
  • a elaboração e implementação de uma Política Nacional de Migração, orientada nos direitos humanos e no direito de migrar, considerando em sua elaboração a participação da sociedade civil e dos próprios migrantes;
A humanidade que nos caracteriza, conforme nos ensina o cardeal Tagle, é o ponto de encontro que nos irmana e nos conclama a um compromisso de amor e solidariedade contra a globalização da indiferença. Necessitamos de autocrítica e autoexame para renovar as mentalidades e gerar atitudes que promovam a comunhão.
Brasília, 14 de junho de 2018
Participantes do Seminário Internacional de Migrações e Refúgio
Fonte: CNBB

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