Rádio Torrões We

terça-feira, 31 de julho de 2018

Perguntas e respostas rápidas


Como responder a algumas “inverdades” que são espalhadas sobre os Papas?
Nas discussões sobre o Papado, surgem questões comuns que exigem apenas respostas curtas, pois, simplesmente, se tratam de inverdades. Na maioria dos casos, são mal-entendidos, lendas populares e outras coisas semelhantes.
1. Os católicos acham que o Papa não tem pecados.
Não, nós não achamos isso. O atual Papa se confessa, pelo menos uma vez por semana, bem como o fizeram os últimos Papas da história recente. É presumível que eles confessem seus pecados, pois, do contrário, o sacramento não seria válido. Não é bom confessarmos as próprias virtudes de uma pessoa ou os pecados de outra. No Novo Testamento, Pedro mostrou-se ser um pecador e, no mínimo, isso não diminui a sua autoridade.
2. Os católicos acham que o Papa não comete erros.
Não, não achamos isso. Como todas as pessoas, os Papas têm um conhecimento imperfeito, além de outras limitações humanas. No seu dia a dia, os Papas cometem erros, como todos nós. Alguns desses erros são pequenos como enganar-se no degrau de uma escada. Outros erros têm graves consequências como falhar num problema de diploma internacional. A graça da infalibilidade Papal diz respeito somente a assuntos de fé e moral cristãs.

3. Os católicos inventaram a ideia da infalibilidade no século XIX.
De fato, esta doutrina foi formulada nesta época, mas estava fundamentada na Igreja desde o começo, como no primeiro século, quando São Clemente de Roma, um discípulo de Pedro e Paulo disse que o Espírito Santo falava através dele. Também os protestantes acreditam que Deus dotou certos homens de infalibilidade, quando, por exemplo, Ele inspirou os autores sagrados para escrever as Escrituras. Com o dom da infalibilidade, os Apóstolos e Evangelistas escreveram obras que eram isentas de erros. E todos nós estamos de acordo sobre isso. Católicos e Protestantes discordam apenas sobre se o carisma da infalibilidade foi estendido para além da primeira geração de cristãos.
4. A autoridade Papal foi desacreditada e penalizada pelo comportamento de maus Papas.
Não foi. Em sua própria época, Jesus enfrentou uma religiosidade corrupta estabelecida; mas Ele sempre afirmou a Sua autoridade dada por Deus em matéria de doutrina e prática religiosa: “Os doutores da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, vocês devem fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imitem suas ações, pois eles falam e não praticam” (Mt 23,2-3). Mesmo Caifás, o sumo sacerdote perverso, não podia ajudar, mas pronunciou uma profecia infalível, enquanto tramava o assassinato de Jesus (cf. Jo 11,49-51). Devemos ter a certeza de saber que em dois mil anos, muito poucos Papas abusaram de seu poder. Dentre 266 homens até hoje, houve apenas uma pequena parte de desonestos – e Deus nunca permitiu que esses desonestos ensinassem algum erro em matéria de fé e de moral.

5. Se o Papado fosse realmente o que os católicos dizem ser, não teria havido nenhum Papa ruim.
Não é verdade. Jesus deu aos Apóstolos a graça da autoridade. Ele mesmo escolheu os Doze. No entanto, Ele sabia que um deles O haveria de trair. Se o Apostolado foi, de fato, o que Jesus disse que era, como poderia haver um mau Apóstolo? Jesus deixa cada um livre para escolher entre o bem ou o mal, mesmo aqueles a quem Ele chama para o sagrado ofício.
Fonte: Retirado do livro: “Razões Para Crer”. Scott Hahn. Ed. Cléofas.

O que é excomunhão na Igreja Católica?


Pode-se definir a excomunhão como afastar uma pessoa batizada da comunhão dos fiéis da Igreja e do acesso aos sacramentos.
A Enciclopédia Católica afirma que a excomunhão, “sendo uma pena, supõe a culpabilidade; e sendo a pena mais grave que a Igreja pode infligir, naturalmente supõe uma ofensa muito grave. É também uma pena medicinal em vez de vingativa, pois está destinada não tanto a castigar o culpado, mas para corrigi-lo e trazê-lo novamente ao caminho da retidão”.
O Cardeal Mauro Piacenza, Penitenciário Mor da Santa Sé, explicou em uma ocasião que o objetivo da excomunhão é levar “os culpados ao arrependimento e à conversão”.
“Com a pena de excomunhão, a Igreja não tenta de nenhuma maneira restringir o campo da misericórdia, mas simplesmente se evidencia a gravidade do crime”, assinalou.
Por que se excomungada? A excomunhão é um dispositivo punitivo da Igreja e vai além de simplesmente restrição ao acesso à Sagrada Comunhão.
Também repreende publicamente, como especifica o Código de Direito Canônico, uma pessoa “de cujo comportamento surja escândalo ou grave perturbação da ordem”, como assinala o cânon 1339, parágrafo 2.
A causa de excomunhão acontece explicitamente “aos que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto”, precisa o cânon 915.
A Igreja toma esta medida extrema somente depois que fracassarem todos os outros esforços para corrigir fraternamente. Alguns viam a excomunhão como uma maneira de trazer católicos erráticos ao bom caminho.

Alguns casos emblemáticos de excomunhão na Igreja
Na Igreja primitiva, Santo Ambrósio, Bispo de Milão, usou a ameaça de excomunhão contra o imperador Teodósio I pela matança de 7.000 pessoas em Tessalônica. Disse ao imperador que imite o rei Davi em seu arrependimento e o readmitiu à comunhão depois de vários meses de penitência.
Na Idade Média, o Papa Gregório VII excomungou o imperador romano Henrique IV sobre muitos temas em disputa, um dos quais foi a tentativa de Henrique de derrubar Gregório do papado. A excomunhão de Henrique causou um efeito profundo na Alemanha e na Itália.
Em resposta, Henrique se sentiu obrigado a viajar à Canossa e esperar na neve durante três dias; onde fez penitência e finalmente foi absolvido da excomunhão. Na Europa medieval, onde quase todo mundo era católico, o imperador necessitava da Igreja e, portanto, a excomunhão era eficaz.
O Renascimento foi uma época muito diferente na vida da Igreja e as pessoas não levavam tão a sério a excomunhão.
No século XVI, a excomunhão de Martinho Lutero, Henrique VIII e Isabel I gerou um efeito reduzido a nível pessoal ou sobre seus seguidores. O uso desta como uma arma gerou simpatia ao ofensor e frequentemente conduziu a um respaldo à dissidência.
Mais recentemente, em 1988, foi excomungado o Arcebispo francês Marcel Lefebvre (que faleceu excomungado), o qual ordenou quatro bispos sem permissão do Papa.

Em 2009, Bento XVI levantou a excomunhão que pesava sobre eles e desde então as negociações entre ambas as instituições continuaram a fim de “reencontrar a plena comunhão com a Igreja”.
Neste ano de 2016, o Papa Francisco assinalou que dar-lhes o status de prelatura pessoal seria uma possibilidade, mas dependerá de um acordo fundamental porque “o Concílio Vaticano II tem seu valor”.
Outro exemplo contemporâneo de uma excomunhão aconteceu em 2010, quando a Irmã Margaret McBride autorizou um aborto no hospital católico de Phoenix. Mais tarde, a religiosa se reconciliou com a Igreja e sua pena foi perdoada.
O caso mais atual ocorreu em 2016, durante o Pontificado do Papa Francisco, com a excomunhão da autodenominada “Igreja Cristã Universal da Nova Jerusalém”, fundada na Itália pela suposta vidente Giuseppina Norcia e que atua em Galliano, uma pequena localidade ao sudeste de Roma.
O Vaticano determinou que “aqueles que aderirem à tal associação incorrem na excomunhão ‘latae sententiae’ pelo delito de cisma”.

“Vocações existem, elas precisam ser despertadas”, afirma bispo referencial da pastoral Vocacional da CNBB, dom José Roberto Palau


Todos os anos durante o mês de agosto, a Igreja no Brasil celebra o ‘Mês Vocacional’ e cada domingo é dedicado à celebração de uma determinada vocação. Este ano, a temática é “Seguir Jesus a luz da fé” e o lema “Eu sei em quem depositei a minha fé”.

Dom José Roberto Fortes Palau. Foto: Warley Leite/Meon
O portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conversou com o bispo auxiliar de São Paulo (SP) e referencial da Pastoral Vocacional, dom José Roberto Fortes Palau, sobre os principais aspectos do mês dedicado as vocações.
Por que celebrar o mês Vocacional?
O mês de agosto é um mês temático, então, no primeiro domingo celebramos o dia do padre, a vocação ao ministério sacerdotal. No segundo domingo, nós celebramos o dia dos pais, a vocação a paternidade, a família. No terceiro domingo, celebramos a vocação a vida consagrada, os religiosos e religiosas e no quarto domingos celebramos o dia do catequista, o serviço prestado a igreja por todos os batizados nos mais variados ministérios. Por isso, no mês de agosto focamos as diversas vocações que existem na igreja.
O que as vocações representam na vida dos cristãos, e de que forma eles devem vivenciar esse tema?
Todos nós cristãos, todos nós batizados somos chamados a servir a Igreja na evangelização. O papa Francisco tem insistindo muito numa ‘Igreja em saída’, uma Igreja evangelizadora, que dá testemunho do Evangelho de Cristo. Por isso, que todas as vocações são importantes, de tal forma, que nós também nos santificamos na nossa vocação. Então, quem é chamado a vocação a vida familiar se santifica vivendo o evangelho numa vida de família, no seu ambiente de trabalho, se sanificando. E aquele que é chamado a uma vocação mais específica, por exemplo, a vida consagrada, busca a santidade servindo como consagrado. De tal forma que todos nós colaboramos para o crescimento e a santidade da Igreja.
Como a temática das vocações deve ser trabalhado nas comunidades? 
Todo mês de agosto nós fazemos um trabalho vocacional nas comunidades. Nós temos um subsídio preparado pelo Setor de Vocações e Ministérios da CNBB, que as comunidades têm a oportunidade de ter esse material em mãos, e durante todo mês de agosto fazer reflexões sobre as mais diversas vocações que existem na Igreja. Então, por ser um mês temático a gente procura trabalhar a questão vocacional de modo muito particular a vocação à vida consagrada. Vocações existem, elas precisam ser despertadas. Nós precisamos de padres, religiosos e religiosas para servir à Igreja e agosto é um mês especial para despertar essas vocações na Igreja.
Em 2019, vai acontecer de 5 a 8 de setembro, em Aparecida (SP), o 4º Congresso Vocacional do Brasil, cujo tema será: “Vocação e discernimento”. Qual a importância desse evento para Igreja no Brasil? 
Nós vamos discutir as mais variadas vocações e a Igreja precisa de que todos os batizados, aqueles que são cristãos participem de suas comunidades. De modo muito particular, precisamos fortalecer a cultura vocacional em nossas dioceses, paróquias e comunidades. O Congresso Vocacional do Brasil é um despertar, é uma sacudida para que a gente possa trabalhar esse tema em nossas comunidades e, assim, criar uma cultura vocacional. Então, acredito que o Congresso será de suma importância para a Igreja no Brasil no despertar para questão vocacional.
Durante o mês vocacional, também será lançado o texto base do 4º Congresso Vocacional do Brasil que vai acontecer de 5 a 8 de setembro de 2019, em Aparecida (SP), cujo tema será: “Vocação e discernimento”.
O mês vocacional foi instituído em 1981, pela CNBB, em sua 19ª Assembleia Geral. O objetivo principal era o de conscientizar as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional. O cartaz pode ser encontrado no site das Edições CNBB
Fonte: CNBB

Hoje o encontro dos Ministrantes com o Papa Francisco


Milhares de coroinhas estão em Roma participando da Peregrinação internacional dos ministrantes, organizada pela Coetus Internationalis Ministrantium (CIM). Nesta terça o encontro com o Papa Francisco na Praça São Pedro.
Jackson Erpen – Cidade de Vaticano
São cerca de 80 mil - 60 mil apenas de língua alemã – os coroinhas presentes em Roma para a Peregrinação internacional dos ministrantes, organizada pela Coetus Internationalis Minstrantium (CIM).
O encontro teve início nesta segunda-feira, 30 e conclui-se no dia 3 de agosto. Nesta terça-feira, às 18 horas, o encontro com o Papa Francisco na Praça São Pedro, que será transmitido com comentários em português, a partir das 12h55, horário de Brasília.
"Busca a paz e vai ao seu encalço"(Salmo 33,15b) é o lema escolhido para o evento que reúne jovens e adolescentes de pelo menos 18 países oficialmente inscritos: Itália, França, Bélgica, Croácia, Luxemburgo, Áustria, Portugal, Romênia, Suíça, Sérvia, Eslováquia, República Tcheca, Ucrânia, Hungria, Polônia, mas também dos Estados Unidos, Antígua e Barbuda.
O grupo de língua alemã, o mais numeroso, é guiado pelo Presidente da Comissão da Juventude da Conferência Episcopal Alemã, o bispo Stefan Oster, S.D.B. (Diocese de Passau) e numerosos membros da Conferência Episcopal alemã.

Atividades

As atividades diárias têm início na parte da manhã, com encontros em diferentes igrejas segundo a língua falada por cada grupo. Ao longo do dia são celebradas Missas, realizadas visitas guiadas, momentos de espiritualidades e aprofundamento, festivais culturais. No final da tarde de quarta-feira, estão programados encontros de coroinhas por grupos, em mais de 300 locais de Roma.

Fonte:https://www.vaticannews.va

Santo do dia

Santo Inácio de Loyola



Inácio de Loyola nasceu numa família cristã nobre e muito rica numa cidade na Espanha, em 1491. Foi educado com todo cuidado para se tornar um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte e era um ótimo cavaleiro.
Com 26 anos optou pela carreira militar, mas uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido na perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ele ficou um longo tempo em convalescença. Nesse meio tempo trocou a leitura dos romances de guerra por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela Graça de Deus.
Quando ficou curado, trocou a vida de militar por uma vida de dedicação a Deus. Foi então à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas. A partir deste momento passou a ser chamado de Inácio.
Viveu como eremita e mendigo passando as mais duras necessidades. Ali preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios Espirituais".
Mudou-se para Paris, onde estudou filosofia e teologia. No ano de 1534 fundou a Companhia de Jesus junto com mais seis companheiros. Nascia assim os missionários jesuítas, que espalharam-se pelo mundo levando o Evangelho para os povos mais longínquos do planeta.
Inácio morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália.  

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Fonte: http://www.catolicoorante.com.br

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Filme sobre aparições de Nossa Senhora de Fátima chega ao Brasil

Comissão para Vida e a Família da CNBB mobiliza cristãos na luta contra a legalização do aborto


Mais uma vez, a legalização do aborto volta à pauta nacional em uma audiência pública convocada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) para os dias 3 e 6 de agosto. Na ocasião, será debatido a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, discutida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.
Diante dessa realidade, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reafirma em nota a posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”. Afirmação emitida pela presidência da CNBB na Nota Oficial “Pela vida, contra o aborto”, publicada em 11 de abril de 2017.
A ação sustenta que dois dispositivos do Código Penal que instituem a criminalização da interrupção voluntária da gravidez afrontam a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a não discriminação, a inviolabilidade da vida, a liberdade, a igualdade, a proibição de tortura ou o tratamento desumano e degradante, a saúde e o planejamento familiar das mulheres e os direitos sexuais e reprodutivos.
A Audiência Pública será realizada neste Supremo Tribunal Federal, Anexo II-B, sala da Primeira Turma, nos dias 03.08.2018 (sexta-feira) e 06.08.2018 (segunda-feira), das 8h40 às 12h50 e das 14h30 às 18h50. A CNBB apresentará sua posição, nesta audiência, no dia 6 de agosto, às 9h10, pelo dom Ricardo Hoerpers, bispo da diocese de Rio Grande (RS) e pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da diocese de Osasco (SP).
Leia a nota na íntegra:
Brasília – DF, 25 de Julho de 2018
ABORTO E DEMOCRACIA
  1. Um perigo iminente
Nos últimos anos, apresentaram-se diversas iniciativas que visavam à legalização do aborto no ordenamento jurídico brasileiro.
Em todas essas ocasiões, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fiel à sua missão evangelizadora, reiterou a “sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil” (CNBB, Nota Pela vida, contra o aborto, 11 de abril de 2017).
Unindo sua voz à sensibilidade do povo brasileiro, maciçamente contrário a qualquer forma de legalização do aborto, a Igreja sempre assegurou que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas”, lembrando que “urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil” (Ibidem).
As propostas de legalização do aborto sempre foram debatidas democraticamente no parlamento brasileiro e, após ampla discussão social, sempre foram firmemente rechaçadas pela população e por seus representantes.
A desaprovação ao aborto, no Brasil, não parou de crescer nos últimos anos, mas, não obstante, assistimos atualmente uma tentativa de legalização do aborto que burla todas as regras da democracia: quer-se mudar a lei mediante o poder judiciário.
  1. A ADPF 442
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 442, solicita ao Supremo Tribunal Federal – STF a supressão dos artigos 124 a 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto, alegando a sua inconstitucionalidade. O argumento, em si, é absurdo, pois se trata de uma lei federal de 1940, cuja constitucionalidade jamais foi questionada.
O STF convocou uma audiência pública para a discussão do tema, a realizar-se nos dias 3 e 6 de agosto de 2018. A maior parte dos expositores representa grupos ligados à defesa da legalização do aborto.
A rigor, o STF não poderia dar andamento à ADPF, pois não existe nenhuma controvérsia em seu entendimento. Em outras palavras, em si, a ADPF 442 transcende o problema concreto do aborto e ameaça os alicerces da democracia brasileira, que reserva a cada um dos poderes da República uma competência muito bem delineada, cujo equilíbrio é uma garantia contra qualquer espécie de deterioração que degenerasse em algum tipo de ditadura de um poder sobre os outros.
O momento exige atenção de todas as pessoas que defendem a vida humana. O poder legislativo precisa posicionar-se inequivocamente, solicitando de modo firme a garantia de suas prerrogativas constitucionais. Todos os debates legislativos precisam ser realizados no parlamento, lugar da consolidação de direitos e espaço em que o próprio povo, através dos seus representantes, outorga leis a si mesmo, assegurando a sua liberdade enquanto nação soberana. Ao poder judiciário cabe fazer-se cumprir as leis, ao poder legislativo, emaná-las.
  1. O aborto da democracia.
“Escolhe, pois, a vida”. O eloquente preceito que recebemos da Escritura, “escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19), agora, reveste-se de importância decisiva: precisamos garantir o direito à vida nascente e, fazendo-o, defender a vida de nossa democracia brasileira, contra todo e qualquer abuso de poder que, ao fim e ao cabo, constituir-se-ia numa espécie de “aborto” da democracia. As democracias modernas foram concebidas como formas de oposição aos absolutismos de qualquer gênero: pertence à sua natureza que nenhum poder seja absoluto e irregulável. Por isso, é imensamente desejável que, diante destas ameaças hodiernas, encontremos modos de conter qualquer tipo de exacerbação do poder. Em sua evangélica opção preferencial pelos pobres, a Igreja vem em socorro dos mais desprotegidos de todos os desprotegidos: os nascituros que, indefesos, correm o risco do desamparo da lei e da consequente anistia para todos os promotores desta que São João Paulo II chamava de cultura da morte.
  1. Sugestões práticas.
O que fazer? Diante da gravidade da situação, pedimos a todas as nossas comunidades uma mobilização em favor da vida, que se poderia dar em três gestos concretos:
  1. Uma vigília de oração, organizada pela Pastoral Familiar local, tendo como intenção a defesa da vida dos nascituros, podendo utilizar como material de apoio os encontros do subsídio Hora da Vida 2018, sobretudo a Celebração da Vida, vide página 41. Ao final da vigília, os participantes poderiam elaborar uma breve ata e endereçá-la à Presidência do Congresso Nacional, solicitando aos legisladores que façam valer suas prerrogativas constitucionais: presidencia@camara.leg.br, com cópia para a Comissão Episcopal para a Vida e a Família: vidafamilia@cnbb.org.br.
  2. Nas Missas do último domingo de julho, os padres poderiam comentar brevemente a situação, esclarecendo o povo fiel acerca do assunto e reservando uma das preces da Oração da Assembleia para rezar pelos nascituros. A coordenação da Pastoral Familiar poderia encarregar-se de compor o texto da oração e também de dirigir umas palavras ao povo.
  3. Incentivamos, por fim, aos fiéis leigos, que procurem seus deputados para esclarecê-los sobre este problema. Cabe, de fato, ao Congresso Nacional colocar limites a toda e qualquer espécie de ativismo judiciário.
Invocamos sobre todo o nosso país a proteção de Nossa Senhora Aparecida, em cuja festa se comemora juntamente o dia das crianças, para que ela abençoe a todos, especialmente as mães e os nascituros.
Dom João Bosco B. Sousa, OFM
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família Bispo Diocesano de Osasco – SP

Quem foi São Tiago (o Maior)?


Tiago (o Maior), filho de Zebedeu e de Salomé, irmão mais velho do evangelista João, aparece entre os seguidores de Jesus desde o começo da pregação do Messias.
Os dois irmãos estavam na margem do lago de Genesaré, quando Jesus os chamou. A resposta foi pronta e total: “eles abandonando o barco e seu pai, o seguiram”. Também neste particular se revela sua índole forte e ardente, pela qual tiveram de Jesus o apelido, entre elogio e reprovação, de “filhos do trovão”. Seu comportamento posterior confirma isso, pelo menos em duas ocasiões: a primeira vez diante do comportamento hostil dos samaritanos, que negaram hospitalidade a Jesus e aos seus discípulos: “Senhor – disseram Tiago e João – devemos invocar o fogo do céu para que os devore?” Mais tarde na última viagem a Jerusalém, ambos ousaram fazer aquele presunçoso pedido de sentar-se um à direita e outro à esquerda do Cristo triunfante.
Em ambos os casos demonstram não terem entendido as lições de amor e de humildade do Mestre. Todavia são generosos quando se trata de jogar-se à luta. À pergunta de Jesus: “Podeis vós beber o cálice?”, Tiago foi o primeiro a responder: “Podemos”. Jesus colocou-o contra a parede e Tiago respeitou pontualmente a palavra dada. Após o dia de Pentecostes, no qual tinha vindo não o fogo destruidor do castigo, mas o fogo vivificante do amor, também Tiago como os outros apóstolos foi vítima da perseguição movida pelas autoridades judaicas: foi jogado no cárcere e flagelado, “alegrando-se muito, por ter sido digno de sofrer torturas pelo nome de Jesus” (como se lê nos Atos dos Apóstolos). Houve uma segunda perseguição, da qual foi vítima ilustre o diácono santo Estêvão, e houve uma terceira, mais cruel que as precedentes, desencadeada por Herodes Agripa para agradar aos judeus.
Este Herodes (mostrando-se digno do nome do tio, o assassino de João Batista, e do avô Herodes, dito o Grande, que tentou matar Jesus logo que nasceu), por um simples cálculo político, durante as festas pascais de 42 “começou a perseguir alguns membros da Igreja, mandou matar à espada Tiago, irmão de João, e, vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender Pedro”.
Segundo uma tradição, não anterior ao século VI, o apóstolo Tiago teria sido o primeiro evangelizador da Espanha. Para revigorar esta tradição, no século IX o bispo Teodomiro de Iria afirmou ter reencontrado as relíquias do apóstolo e desde aquela época, Iria, que tomou o nome de Compostela, tornou-se a meta preferida de todos os peregrinos da Europa.
Retirado do livro: “Legenda Áurea”. Jacopo de Varazze. Companhia das Letras.

Santo do dia

São Celestino I


O Papa Celestino I eleito em 10 de setembro de 422 nasceu no sul da Itália. É considerado um governante de atitude, mas seu mandato durou apenas uma década.
Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros. O Papa Celestinho I participou ativamente restaurando numerosas Basílicas, entre elas a de Santa Maria em Trastévere, a primeira dedicada à Nossa Senhora.
Respondia pessoalmente as cartas que recebia e seus conselhos formaram um primeiro esboço do que seria o futuro direito canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, Santo Agostinho.
Foi ele o primeiro a determinar que os Bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais.
Sob sua direção foi realizado o Concílio de Éfeso. Nele confirmou-se o dogma de Maria como "Mãe de Deus". Com isso, o bispo Nestório, que pregava Maria somente como mãe do homem Jesus, foi considerado herege.
Celestino I morreu em 432, depois de uma frutífera vida em favor do Cristo.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Fonte:http://www.catolicoorante.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2018

Santo do dia

Santa Cristina



Cristina nasceu na Toscana (Itália), perto do lago de Bolsena, no ano 288. Com apenas 12 anos morreu mártir, no ano 300 d.C. Era filha de Urbano, oficial do exército em Tir, na Etrúria, parte da Toscana. Urbano era rude de sentimentos e inimigo dos cristãos. Em sua própria casa, muitas vezes os cristãos eram submetidos a interrogatórios humilhantes. Diante de tais cenas, Cristina se perguntava qual o motivo da serenidade e alegria dos cristãos, que ela já começava a admirar e venerar.
A resposta lhe veio por uma escrava cristã, que a preparou para o Batismo. Urbano desconfiava que a filha se interessasse pela comunidade cristã. Deu-lhe ordem de prestar culto a ídolos, queimando incenso. A menina negou-se a isso. Interrogada pelo pai, Cristina respondeu: "Tolo é vosso medo, tola a vossa advertência; diante de um deus cego aos sofrimentos do povo, surdo ao clamor dos fracos, eu não peço favores e não acendo uma vela. Ao Deus vivo, ao Senhor do céu e da terra que nos enviou seu Filho Jesus, a este, sim, apresento sacrifícios de verdade e amor".
A severidade do pai aumentou, mas Cristina respondia a isso participando da celebração da Eucaristia e de outras reuniões dos cristãos, visitando os encarcerados, dando esmola aos pobres. Sua coragem e caridade fizeram-na vender as imagens dos ídolos para adquirir bens em favor dos pobres. O pai ficou furioso. Por isso, Cristina foi chicoteada. Aos que lhe pediam que cedesse à vontade do pai, respondia: "Deixar a vida não me custa; abandonar minha fé, isto nunca".
Urbano prosseguiu na tortura: a filha, amarrada, foi lançada ao fogo. Conta a história que um anjo defendeu-a e as chamas não lhe queimaram. Ainda irado contra a filha, ordenou prendê-la. Então, mandou amarrar uma pedra de moinho em seu pescoço e lançá-la ao lago. Conta-se que após lançada às águas, a pedra de moinho veio à tona, não permitindo, assim, que Cristina se afogasse. A exaltação de Urbano foi tão grande que morreu de colapso.
Dio, sucessor de Urbano, também nada conseguiu de Cristina e, por isso, ordenou que fosse queimada viva. Segundo a história, o fogo não queimou a menina. Posta entre cobras, nenhuma a feriu. E tendo sua língua cortada, mesmo assim cantou os louvores do Senhor Jesus Cristo. Então, o juiz, enraivecido com os triunfos da jovem, ordenou sua morte a flechadas. Com isso foi-lhe tirada a vida terrena e ela entrou na glória eterna.

Fonte: Martyrologium Romanum, publicado no Brasil em 20/12/1898

Fonte:http://www.catolicoorante.com.br

 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Nicarágua. Cardeal Brenes: Igreja perseguida pelo regime


A Igreja Católica na Nicarágua é perseguida pelo regime do presidente Daniel Ortega. Foi o que disse neste domingo (22/07) o cardeal Leopoldo Brenes Solorzano, presidente da Conferência Episcopal do País e da Comissão para o Diálogo Nacional, no dia em que toda a América Latina se uniu em oração pela paz na Nicarágua, atingida por uma crise que desde abril último causou mais de 360 mortes.

Hoje a decisão dos bispos

"A Igreja é perseguida em várias partes do mundo hoje" - disse Dom Brenes - "faz parte da igreja, que sempre foi perseguida. Não somos estranhos" a esse fato. Pelo menos sete os episódios de profanação e vários ataques a bispos registrados desde quando o episcopado pediu a Ortega que antecipasse as eleições de 2021 para março de 2019 para acabar com a crise social e política. Dom Brenes também anunciou que nesta segunda-feira o episcopado da Nicarágua analisará se deve continuar o diálogo nacional mesmo após as declarações do presidente que acusaram os bispos de "manobras de golpe".

Perigo de uma guerra civil

Por sua vez, o senador norte-americano Marco Rubio advertiu Washington de que "a possibilidade de uma guerra civil na Nicarágua é real", e acusou Ortega de "encher as mãos de sangue", com a repressão, recusando-se a antecipar as eleições.

Prisões, locais de tortura

A Associação Nicaraguense de Direitos Humanos (Anpdh) afirmou neste domingo que os partidários do governo da Nicarágua "não são sensíveis à dor", referindo-se à intimidação contra as mães dos manifestantes detidos nas prisões de El Chipote, em Manágua, que se tornaram locais de tortura de acordo com a oposição. Enquanto isso, as manifestações contra Ortega continuaram no sábado e domingo em alguns municípios da Nicarágua, sem vítimas, e os estudantes anunciaram uma marcha para esta segunda-feira. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou "assassinatos, execuções extrajudiciais, maus-tratos, tortura e detenções arbitrárias perpetradas contra a maioria da população jovem do país": o governo nicaraguense rejeita as acusações.

Os protestos contra Ortega e sua esposa, vice-presidente, Rosario Murillo, começaram em 18 de abril por  causa do fracasso das reformas da segurança social, e tornaram-se um pedido de renúncia do Presidente, depois de onze anos no poder, com acusações de abusos e corrupção.

Fonte: https://www.vaticannews.va

Lançado em Aracaju (SE), novo livro que une os temas da Catequese, da Liturgia e Iniciação Cristã


Foi lançado no sábado, 21 de Julho, em Aracaju (SE), durante o 1º Seminário Litúrgico – Bíblico – Catequético promovido pelo Regional Nordeste 3 da CNBB, o livro “Catequese e Liturgia na Iniciação Cristã – o que é e como fazer, do P. Thiago Faccini, da Comissão da Liturgia da CNBB.
O livro tem três capítulos e 134 páginas. O primeiro capítulo traz o conceito de iniciação do ponto de vista antropológico e cristão, e como este processo se realizou na Igreja primitiva, de modo especial o método mistagógico. O segundo capítulo aborda como a liturgia se comunica, através dos símbolos e ritos e como levar essa experiência para os encontros de catequese. E por fim, o terceiro capítulo apresenta uma experiência de itinerário catequético com inspiração catecumenal, aplicando o conteúdo refletido nos dois primeiros capítulos.
O livro possibilita compreender o que é a Iniciação Cristã, e qual seria o papel e o lugar da catequese e da liturgia neste processo. Ajuda a desenvolver um novo olhar e a perceber que a liturgia, na Iniciação Cristã, não deve ser restrita às celebrações, pois vai muito além delas. Deve estar no cotidiano dos encontros, desde a oração inicial, as preces, até a ambientação do espaço catequético e outros momentos.
“Este livro é um auxilio para nossas comunidades que estão refletindo e estudando o Documento 107 da CNBB, ajudando-os a pensarem num itinerário iniciático com inspiração catecumenal, que unacatequese e liturgia e busque fazer da Igreja uma verdadeira Casa da Iniciação a Vida Cristã”, afirma o autor.
Fonte: CNBB

Ângelus, 22 de julho: distantes de Jesus e de seu amor, nos perdemos e nos desiludimos


“Com Jesus ao lado se pode prosseguir com segurança, se podem superar as provações, se progride no amor a Deus e aos próximo. Jesus se fez dom para os outros, tornando-se assim modelo de amor e de serviço para cada um de nós”, disse Francisco.
Raimundo de Lima – Cidade do Vaticano
“Sem a verdade, que é Cristo mesmo, não é possível encontrar a justa orientação da vida. Quando nos distanciamos de Jesus e de seu amor, nos perdemos e a existência se transforma em desilusão e insatisfação.” Foi o que disse o Papa Francisco na alocução que precedeu a oração do Angelus, ao meio-dia deste domingo (22/07), na qual se deteve sobre à página do Evangelho proposta para a liturgia do dia.
Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco!
O Evangelho de hoje (Mc 6,30-34), disse o Papa, nos conta que os apóstolos, após a primeira missão, voltam a Jesus e lhe falam “tudo aquilo que tinham feito e ensinado”. Após a experiência da missão, certamente entusiasmante, mas também cansativa, frisou Francisco, eles precisam de repouso.
O Pontífice ressaltou que Jesus se preocupou em assegurar-lhes um pouco de alívio, convidando-os a um lugar deserto onde pudessem recobrar as forças, mas que a multidão, tendo intuído para onde iam, correu chegando ao lugar antes deles, mudando assim o programa.
Flexibilidade e disponibilidade às necessidades dos outros
“O mesmo pode acontecer também hoje. Por vezes não conseguimos realizar nossos projetos, porque se dá um imprevisto urgente que acaba com nossos programas e requer flexibilidade e disponibilidade às necessidades dos outros.”
Nessas circunstâncias, exortou o Papa, “somos chamados a imitar aquilo que fez Jesus: ‘Tendo descido da barca, ele viu uma grande multidão, teve compaixão dela, porque eram como ovelhas sem pastor, e se colocou a ensinar-lhes muitas coisas’”.
Francisco destacou que o evangelista nos oferece aí um flash de singular intensidade, fotografando os olhos do Divino Mestre e seu ensinamento. “Observamos os três verbos deste fotograma: ver, ter compaixão, ensinar. Podemos chamá-los os verbos do Pastor.”
“O olhar de Jesus não é um olhar neutro ou, pior, frio e distanciado, porque Jesus olha sempre com os olhos do coração. E seu coração é tão tenro e repleto de compaixão, que sabe colher inclusive as necessidades mais escondidas das pessoas.”
Jesus Cristo, realização da solicitude e cuidados de Deus para com seu povo
Francisco frisou ainda que Cristo mostra com isso a atitude e a predisposição de Deus para com o homem e a sua história. “Jesus se apresenta como a realização da solicitude e cuidado de Deus para com o seu povo”, acrescentou.
O Papa quis evidenciar que o primeiro pão que o Messias oferece à multidão faminta e cansada é o pão da Palavra. “Todos nós precisamos da palavra da verdade, que nos guie e ilumine nosso caminho”, prosseguiu.
“Com Jesus ao lado se pode prosseguir com segurança, se podem superar as provações, se progride no amor a Deus e ao próximo. Jesus se fez dom para os outros, tornando-se assim modelo de amor e de serviço para cada um de nós.”
Francisco concluiu fazendo votos de que Maria Santíssima nos ajude a assumir os problemas, sofrimentos e dificuldades de nosso próximo, mediante uma atitude de partilha e de serviço.
Saudação a fiéis e peregrinos brasileiros
Dirigindo-se aos vários grupos de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, o papa fez uma saudação particular aos fiéis da diocese de Rio do Sul (SC), e aos jovens da diocese de Sevilha, na Espanha, além de grupos paroquiais e associações.
Fonte: CNBB

Caravana Seminárido Contra a Fome percorre 5 cidades para denunciar retorno da miséria


Serão pouco mais de 2.906 quilômetros do sertão de Pernambuco até a capital paranaense em trajeto iniciado dia 27 de julho que se estende até 05 de agosto.  A ideia de cruzar o país para denunciar a iminente volta do Brasil ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) se dá devido ao desmonte de políticas públicas sociais que afetam a segurança alimentar dos povos do Semiárido.
Para dom Enemésio Ângelo Lazzaris, bispo de Balsas (MA) e presidente da Comissão Pastoral da Terra, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a ameaça de o Brasil voltar ao mapa da fome da FAO se situa dentro de um contexto geral do desmonte dos direitos sociais e humanos no Brasil. “Estamos numa escalada muito forte contra os direitos adquiridos desde o processo da Constituinte de 1988”, afirmou.
Direitos adquiridos nos últimos governos federais, como moradia e acesso à alimentação, estão sendo retirados pelo atual governo federal, avalia o religioso. “No nosso sistema, os direitos dos pequenos estão sendo tolhidos e as poucas conquistas estão sendo retiradas”, disse. Em função disto, o bispo avalia que um número grande pessoas que haviam superado a pobreza infelizmente está sendo ameaçada novamente pela carestia.
Cerca de 90 pessoas sairão no dia 27 de julho de Caetés (PE) e seguirão em dois ônibus para Curitiba (PR). A Caravana terá paradas estratégicas em Feira de Santana (BA), Montes Claros (MG) e Guararema (SP), até a chegada ao Paraná no dia 02 de agosto. No percurso de volta, o grupo tem uma parada em Brasília, no dia 05, com o objetivo de pautar o tema no Supremo Tribunal Federal (STF).
A redução de pessoas subalimentadas no país é uma conquista recente. Isso porque as ações que contribuíram com a saída do Brasil do Mapa da Fome, no ano de 2014, foram iniciadas com a criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em 2003, aliado à garantia de crédito, acesso à água potável – por meio da implantação de tecnologias como as cisternas de placas – e renda, a exemplo do Bolsa-Família.
Entretanto, menos de 4 anos depois do Brasil celebrar a saída do Mapa da Fome, esse fantasma volta a rondar as populações carentes do campo e da cidade em todo o país, e no Semiárido, região marcada historicamente pela miséria e ausência de políticas públicas, a situação se acentua por conta da redução de investimentos nas políticas sociais e de convivência com a região.
“A Caravana dos povos do Semiárido contra a fome tem como objetivo chamar atenção da sociedade brasileira sobre os riscos da volta da fome para a população mais pobre do Brasil. Considerando que o Semiárido e o Nordeste sempre tiveram os maiores índices de fome da história do Brasil – por ser a maior área rural do país e uma ausência da ação do Estado por muitos anos. Queremos chamar atenção da sociedade sobre esse período que vivemos na história, os avanços e conquistas que tivemos com políticas sociais que priorizaram recursos de atendimento da população mais pobre, especialmente a população rural”, explica o coordenador executivo da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Alexandre Pires.
A iniciativa dos movimentos, redes e organizações do campo Popular e democrático do Semiárido, contará com momentos de debate em universidades, atos públicos e ações de agitação e propaganda. “Na medida em que as organizações da ASA se propõem a realizar uma caravana como esta, ela sai com três grandes objetivos: o primeiro debater a situação política do Brasil; o segundo fazer uma denúncia muito clara sobre o tema da fome, e, por fim, a defesa da democracia. Vai ser um momento muito rico e acredito que à medida que ela [a caravana] for passando e debatendo com a militância ela vai ganhar nome, e vai obrigar os candidatos a falar sobre o assunto”, salienta o membro da coordenação nacional do MST, João Paulo Rodrigues.
Dados – Com a política de cortes do Governo Federal, chegamos à expressiva e preocupante exclusão de 1,1 milhão de famílias do Programa Bolsa Família, cerca de 4,3 milhões de pessoas, em sua maioria crianças. Além disso, houve cortes nos investimentos para ações que garantem a segurança alimentar e nutricional das populações como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Para completar, o número de desempregados vem aumentando exponencialmente.
Em março deste ano, especialistas e pesquisadoras que participaram da aula inaugural da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) avaliaram que de 2014 a 2016 o número de pessoas em extrema pobreza no Brasil saltou de pouco mais de 5.162 milhões para quase 10 milhões, o que ratifica o risco de o país retroceder na missão de erradicar a pobreza. Os números só não foram piores porque as regiões Norte e Nordeste, que historicamente abrigavam as populações mais carentes, conseguiram manter um equilíbrio, graças aos investimentos recebidos por meio de ações como o Programa de Cisternas, Bolsa-Família, Seguro-Safra e aposentadoria rural.
Pensando nisso, o percurso da Caravana do Semiárido contra a Fome contará com paradas estratégicas em municípios da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo a fim de sensibilizar as populações para o problema da má-nutrição e a redução das políticas públicas sociais. “Com a mudança das prioridades do Governo atual, de aplicação dos recursos, vemos voltar uma situação de fome e miséria. Então, as paradas que devem ocorrer têm como objetivo chamar a população para refletir e mobilizar a sociedade para estar atenta a essa situação que se agrava. Esse é o sentido de mobilizar estudantes, movimentos sociais e urbanos, juventudes”, explica Pires.
Com informações da ASA | Imagem: João Zinclar
Fonte: CNBB

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O papa Francisco nomeou, nesta quarta-feira, 13 de março, para a diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ) dom Luiz Henrique da Silv...