Rádio Torrões We

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Descrição do manto de Nossa Senhora de Guadalupe


As nações indígenas da América (maias, astecas e outros) se comunicavam com imagens e sinais codificados que unificaram suas línguas.
O Ayate (Tilma de Juan Diego) – Foi fabricado de “Ixtle” – fibra de maguey, e mede 1,68 x 1.05 e sua textura aberta é a mais inadequada para uma pintura. Além disso a sagrada imagem esteve sem proteção de um vidro por mais de 116 anos; são poucas as deteriorizações que sofreu. Do ayate de S. Juan Diego nasce um novo povo; unido por nossa Patrona Santa Maria de Guadalupe.
Importância da data da aparição – No ano de 1531, ano da aparição de Na. Sa. de Guadalupe, chamado em Náhuatl (língua indígena) “Ano Matlactli ihuan yei Actl” que quer dizer “Ano 13 carrizo” que vai de 2 de fevereiro de 1531 a 1 de fevereiro de 1532 é um anos especial. E em 1531 aconteceu a conjugação de Vênus – Quetzalcóatl tendia à plenitude da trezena de dias e a trezena de anos; para o Tenochca o número 13 é o numero perfeito, cheio de plenitude; é o nascimento do Sol.
A pintura – O erudito alemão Richard Kuhn em 1938, a pedido do Dr. Ernesto Sodi Paliares, descobriu que a pintura não tem corantes de tipo mineral, vegetal ou animal e que no século XVI não se conheciam os corantes sintéticos. “Surpreendente”. “Na tilma do pobre Juan Diego… pincéis que não são deste mundo deixaram pintada uma imagem dulcíssima”, descreveu o papa Pio XII.
Cabelos da Virgem – É de cabelo solto com uma divisão ao meio, que assim usavam as moças virgens, já que as indígenas casadas o usavam com duas tranças entrelaçadas dos dois lados.
Olhos da Virgem – Por meios científicos de uso de técnicas mais modernas de computação digital o Dr. J. Aste Tonsman descobriu a presença de 13 pessoas em ambas as córneas dos olhos da Virgem. O pequeno diâmetro das córneas e o material rústico do ayate tornam impossível de pintar esses detalhes com as mãos do homem.
O Rosto da Virgem – Seu rosto não é espanhol nem indígena, mas mestiço, de uma jovem ao redor dos 16 anos; é uma nobre profecia sobre a fusão de duas raças; em 1531 não havia jovens mestiças dessa idade. Entre os indígenas olhar de frente era ofensa, por isso ela não nos está olhando de frente, mas com a cabeça inclinada, que significa em náhuatl “itla toloa” e nos diz que não somos seus escravos, que sempre está pensando em nós e nos ama.
Raios – Há uma aura luminosa que rodeia a Virgem, como se saísse do seu ventre. Raios de Sol anunciando a chegada de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Para os Tenochcas o “ollin Tonatiuh” (Sol em movimento) e a Virgem o irradia para o bem de todo a Criação. Os raios em forma de flecha se relacionam com a elevação espiritual. E os ondulados com Quetzalcóatl (serpente) raios de Vênus.
Boca – A boca da Santíssima Virgem se acha pintada sobre um defeito do ayate, mas é anatomicamente perfeita. É pequena e parece começar um leve sorriso.
As mãos da Virgem – Com as mãos juntas a Virgem está em constante oração. Acredita-se que está fazendo uma casinha, referencia a “Sua casinha sagrada de Tepeyac”, a fundação de uma nova nação, a fusão de duas culturas.
Cintos – vestimento de uma mulher nobre – A faixa negra na cintura é sinal de gravidez que as mulheres indígenas usavam acima da cintura. O cinto terminado em ângulo e caindo para frente tem referencia com o pensar Tenochca, de cingir-se assim os deuses e deusas. E é um símbolo de fim de ciclo.
Tepet e tepétis – Significam forma de falar e de cantar como aparece nos códices e significa que está dando uma mensagem universal para a humanidade.
O Oval – No peito se encontra um oval que é idêntico ao das estátuas dos deuses que portam sobre o peito, como sua própria alma que lhes dá a vida, no meio há uma cruz negra. Esta cruz recordaria o Nahuiollin o quarto movimento que produz o sol, máxima energia dos Anahuacans.
Flor de 4 pétalas – Para as culturas indígenas esta flor na altura do vente indica: os 4 pontos cardeais, as 4 estações do ano, 4 épocas passadas, esperando o Regresso de Quetzalcoatl, o quinto sol em plenitude (ano 13 Acatl, conjunção de Vênus), que coincide com o solstício de inverno de 1531. Também viram nesta flor o símbolo o símbolo de Omeyocan (a morada de Deus. Pai e Mãe) e que assinalava para o indígena que a Virgem trazia consigo o nascimento de Cristo. Mãe do menino Sol, que o traz para que nasça aqui. Tudo era altamente simbólico no contexto da Sagrada imagem, por isso sua alegria não teve limites ao constata-lo através da maravilhosa proclamação inculturante do Acontecimento Guadalupeano.
Flor de 8 pétalas – Há flores de 8 pétalas que são oito conjunções do Sol e Vênus, que coincidiam a cada 104 anos solares que equivalem a 65 anos de Vênus. O ano sagrado de 260 dias, o ano solar de 365 dias e o ano de Vênus de 584, os três calendários coincidiram com a chegada da Virgem de Guadalupe e com esta data de 12 de dezembro de 1531 o homem e o universo se encontravam para começar de novo.
O manto da Virgem de cor azul esverdeado – O azul do manto adornado de estrelas, representa o céu. Tem 46 estrelas de oito pontas em u. Cientificamente as estrelas do manto estão na posição como estava o firmamento em 12 de dezembro de 1531segundo o programa de computação “Distant Suns”. Coincide com o nascimento do Sol, o regresso de Quetzalcátl.
Túnica da Virgem – A túnica é de cor roxo rosado, e representaria a terra. Contem figuras em cor de ouro, que é o metal divino, é uma mensagem divina com flores; entre elas há nove arranjos com flores, que podem significar os 9 povos que saem de Aztlan para fundar a grande Tenochtitlan, segundo narra o códige de 1576.
A Lua – A Virgem está de pé dando um passo sobre a Lua, toda ela é um Sol, e que dançando fertiliza e produz a vida com as diferentes estações. A Lua se refere ao nome de “éxico-Tenochtitlan”, e com uma nobreza que não é escravizante, nos dá o apoio do sexto Sol ao povo do México.
Significado em Náhuatl de México: O umbigo da Lua
Sapatilha – A sapatilha direita da Virgem aparece sua ponta sobre a Lua, é de uma cor similar ao da túnica.
O significado de Guadalupe – Possível etimologia do significado Tié-Cuauh-tiacup-euh = A que vem do Oriente como o Sol. Ou a que procede da região da luz, como a “Aguia de Fogo”.
O pequeno Anjo  O pequeno anjo que aparece aos pés da Virgem poderia ser um guerreiro-águila (Cuauhtli-Ocelotl) que pertence ao Exército do Sol, e representa o povo do Sol, tem asas de águia ; simbolo do fundador da Grande Tenochtitlan (a águia devorando uma serpente). Ele tem as mãos para cima como os indígenas representavam os deuses; com uma mão segura o manto e com a outra a túnica, com isto comunica a terra com o céu e é o simbolo de São Juan Diego Cuauhtlatoatzin (o senhor que fala como a águia). “O homem fiel e verdadeiro que nos ensina o caminho que leva á Virgem Morena do Tepeyac”, palavras do Papa João Paulo II. As cores de sua plumagem e túnica são cores semelhantes das vestes da Virgem.
Cabelos do Anjo – Uma das características dos “macehuales” (gente do povo) era cortar os cabelos; isso significava “ser merecido pelo sangue de Deus”. Os batizados usavam então essa marca e os de ordens religiosas eram tonsurados. Para diferenciar as diferentes classes sociais os indígenas rasuravam a cabeça com diferentes estilos. A iluminação do Anjo vem diretamente do corpo da Virgem Maria e ilumina a parte superior de sua cabeça e braços.
As nuvens – Para os Tenochcas, as nuvens que rodeiam a imagem, as associam com a altura, a elevação do espírito e anunciam o divino. “A chegada da Nova Era” em que Ometéotl desce ao México, de onde “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”, efetivamente a chegada de Jesus Cristo Filho de Deus.
Adornos da Túnica – Os desenhos dos adornos florais nascem do manto da Virgem, que significaria o Céu, como pintam os tenochcas e significa um Rio que sulca os campos para rega-los e produzir alimentos e dar a vida. As folhas e flores que saem do desenho são o símbolo do fogo novo Atl-Tlachinolli “Água queimada”, uma das metáforas da guerra. Este símbolo assume todo um passado, porque ali surge um povo novo, guiado por Maria que é a mãe de Ometeótl, triunfadora da guerra que não destrói. O desenho tem uma flor em botão, que significa a insistência da mensagem e remata com uma grande folha em forma de Tepétl. A túnica tem cinco classes de flores:
1. De quatro pétalas, que é a mais importante e que representa o Menino Sol.
2. 8 flores de 8 pétalas que representa a conjunção do Sol e Vênus.
3. Flores em botão.
4. Flores que estão nascendo nas bordas dos Tepétls.
5. Flores que representam a Vênus.
Fonte: Códige Guadalupano – Mensagem para duas culturasPublicado no Periódico “El ayate Guadalupano”Diretor Geral: Mons. Diego Monroy Pouce
Fonte: https://cleofas.com.br


O relato de um historiador do século XVI sobre as aparições de Nossa Senhora de Guadalupe


Num sábado de mil e quinhentos e trinta e um, perto do mês de dezembro, um índio de nome Juan Diego, mal raiava a madrugada, ia do seu povoado a Tlatelolco, para participar do culto divino e escutar os mandamentos de Deus. Já amanhecia, quando chegou ao cerrito chamado Tepeyac e escutou que do alto o chamavam:
– Juanito! Juan Dieguito!
Subiu até o cimo e viu uma senhora de sobre-humana grandeza, cujo vestido brilhava como o sol, e que, com voz muito branda e suave, lhe disse:
– Juanito, menor dos meus filhos, fica sabendo que sou Maria sempre Virgem, Mãe do verdadeiro Deus, por quem vivemos. Desejo muito que se erga aqui um templo para mim, onde mostrarei e prodigalizarei todo o meu amor, compaixão, auxílio e proteção a todos os moradores desta terra e também a outros devotos que me invoquem confiantes. Vai ao Bispo do México e manifesta-lhe o que tanto desejo. Vai e põe nisto todo o teu empenho.
Chegando Juan Diego à presença do Bispo Dom Frei Juan de Zumárraga, frade de São Francisco, este pareceu não lhe dar crédito e respondeu:
– Vem outro dia, e te ouvirei com mais calma.
Juan Diego voltou ao cimo do cerro, onde a Senhora do céu o esperava, e lhe disse:
– Senhora, menorzinha de minhas filhas, minha menina, expus tua mensagem ao Bispo, mas parece que não acreditou. Assim, rogo-te que encarregues alguém mais importante de levar tua mensagem com mais crédito, porque não passo de um joão-ninguém.
Ela respondeu-lhe:
– Menor dos meus filhos, rogo-te encarecidamente que tornes a procurar o Bispo amanhã dizendo-lhe que eu própria, Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, é que te envio.
Porém no dia seguinte, domingo, o Bispo de novo não lhe deu crédito e disse ser indispensável algum sinal para poder-se acreditar que era Nossa Senhora mesma que o enviara. E o despediu sem mais aquela.
Segunda-feira, Juan Diego não voltou. Seu tio Juan Bernardino adoecera gravemente e à noite pediu-lhe que fosse a Tlatelolco de madrugada, para chamar um sacerdote que o ouvisse em confissão.
Juan Diego saiu na terça-feira, contornando o cerro e passando pelo outro lado, em direção ao Oriente, para chegar logo à Cidade do México, a fim de que Nossa Senhora não o detivesse. Porém ela veio a seu encontro e lhe disse:
– Ouve e entende bem uma coisa, tu que és o menorzinho dos meus filhos: o que agora te assusta e aflige não é nada. Não se perturbe o teu coração nem te inquiete coisa alguma. Não estou aqui, eu, tua mãe? Não estás sob a minha sombra? Não estás porventura sob a minha proteção? Não te aflija a doença do teu tio. Fica sabendo que ele já sarou. Sobe agora, meu filho, ao cimo do cerro, onde acharás um punhado de flores que deves colher e trazer-mo.
Quando Juan Diego chegou ao cimo, ficou assombrado com a quantidade de belas rosas de Castela que ali haviam brotado em pleno inverno; envolvendo-as em sua manta, levou-as para Nossa Senhora. Ela lhe disse:
– Meu filho, eis a prova, o sinal que apresentarás ao Bispo, para que nele veja a minha vontade. Tu és o meu embaixador, digno de toda a confiança.
Juan Diego pôs-se a caminho, agora contente e confiante em sair-se bem de sua missão. Ao chegar à presença do Bispo, lhe disse:
– Senhor, fiz o que me ordenaste. Nossa Senhora consentiu em atender o teu pedido. Despachou-me ao cimo do cerro, para colher ali várias rosas de Castela, trazê-las a ti, entregando-as pessoalmente. Assim o faço, para que reconheças o sinal que pediste e assim cumpras a sua vontade. Ei-las aqui: recebe-as.
Desdobrou em seguida a sua branca manta. À medida em que as várias rosas de Castela espalhavam-se pelo chão desenhava-se no pano e aparecia de repente a preciosa imagem de Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, como até hoje se conserva no seu templo de Tepeyac.
A cidade inteira, em tumulto, vinha ver e admirar a sua santa imagem e dirigir-lhe suas preces. Obedecendo à ordem que a própria Nossa Senhora dera ao tio Juan Bernardino, quando devolveu-lhe a saúde, ficou sendo chamada como ela queria: “Santa Maria sempre Virgem de Guadalupe”.
Do “Nicán Mopohua”, relato do escritor indígena do século dezesseis Dom Antônio Valeriano (“Nicán Mopohua”, 12ª edición, Buena Prensa, México, D.F., 1971, p. 3-19.21/Séc. XVI)
Fonte: https://cleofas.com.br

Nossa Senhora de Guadalupe


Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002). Nossa Senhora disse então a Juan Diego para que fosse até o Bispo, pedindo que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus. O Bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Foi quando Juan Diego estava indo buscar um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita…” O Bispo viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531. Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o Santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já dura há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção. No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. Pois nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do Bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva. Disse o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”. Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII a 12 de outubro de 1945. No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou à Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
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Papa nomeia bispo para a diocese de São João Del Rei (MG)


A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nesta quarta-feira, 12 de dezembro, a decisão do papa Francisco em nomear bispo para a vacante diocese de São João Del Rei (MG), dom José Eudes Campos do Nascimento, transferindo-o da diocese de Leopoldina (MG). A diocese de São João Del Rei esteve vacante desde o dia 19 de janeiro deste ano, quando dom Célio de Oliveira Goulart faleceu. O padre Dirceu de Oliveira Medeiros, atual vigário geral da diocese, exerce até agora a função de administrador diocesano.
Dom José Eudes Campos do NascimentoDom José é natural de Barbacena (MG) onde nasceu em 30 de abril de 1966. Estudou filosofia no Instituto Santo Tomás de Aquino em Belo Horizonte e cursou  teologia no Seminário Arquidiocesano de Mariana. Foi ordenado sacerdote em 22 de abril de 1995, atuando em diversas paróquias da arquidiocese de Mariana e, antes de sua nomeação, trabalhou como pároco da paróquia Santa Efigênia em Ouro Preto (MG).
Em 27 de junho de 2012 foi nomeado bispo pelo papa Bento XVI. Recebeu sua sagração episcopal no dia 15 de setembro das mãos de dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana, dom Gil Antônio Moreira, arcebispo de Juiz de Fora e dom Francisco Barroso Filho, bispo emérito de Oliveira. Tomou pose na diocese de Leopoldina no dia 30 de Setembro do ano de 2012.  Seu lema episcopal é: “Servus in charitate” que significa “Servo no amor”.
SaudaçãoA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação a dom José Eudes Campos do Nascimento. O texto é assinado pelo secretário-geral da Conferência, dom Leonardo Steiner. Confira, abaixo, a saudação na íntegra:
 Saudação da CNBB a dom José Eudes Campos do Nascimento
Brasília, 12 de dezembro de 2018
Prezado Irmão, dom José Eudes Campos do Nascimento.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se alegra com a sua nomeação, publicada nesta quarta-feira, 12 de dezembro, como novo bispo da diocese de São João del-Rei (MG). Agradecemos, nesta ocasião, a delicadeza e o zelo do Papa Francisco para com a Igreja no Brasil.
À diocese de Leopoldina (MG), que o senhor tem servido desde setembro de 2012, enviamos o nosso abraço de gratidão e nossa palavra de esperança.
Para saudá-lo, nesse momento, buscamos as palavras do Papa Emérito Bento XVI quando se dirigiu aos bispos do Brasil, na Catedral da Sé, em São Paulo (SP), em maio de 2007: “Nós Bispos somos convocados para manifestar essa verdade central, pois estamos vinculados diretamente a Cristo, Bom Pastor. A missão que nos é confiada, como Mestres da fé, consiste em recordar, como o mesmo Apóstolo das Gentes escrevia, que o nosso Salvador «quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1Tm 2, 4-6). Esta é a finalidade, e não outra, a finalidade da Igreja, a salvação das almas, uma a uma. Por isso o Pai enviou seu Filho, e «como o Pai me enviou, também eu vos envio» (Jo 20,21)”.
Fazemos nossas preces acompanhadas de uma súplica para que o seu novo desafio missionário seja pleno de frutos para o Reino de Deus. Enviamos, ainda, nosso abraço fraterno.
Em Cristo,
Dom Leonardo Ulrich SteinerBispo auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
Fonte: CNBB

Papa nomeia bispo o monsenhor Carlos José para a vacante diocese de Apucarana (PR)


A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nesta quarta-feira, 12/12, a decisão do papa Francisco em nomear bispo para a vacante diocese de Apucarana (PR), o monsenhor Carlos José de Oliveira, atualmente vigário geral da arquidiocese de Botucatu (SP) e padre na paróquia Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Lençóis Paulista (SP).
Monsenhor Carlos José de Oliveira
O Monsenhor Carlos José de Oliveira nasceu dia 17 de outubro de 1967 em Botucatu (SP) primogênito de Mario Salvador de Oliveira e Maria Aparecida Santi de Oliveira. O seu ingresso para a vida religiosa se deu no seminário São José, a partir de onde cursou filosofia e teologia na Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção de São Paulo.
Foi ordenado diácono no dia 8 de dezembro de 1991 e sacerdote em 4 de Outubro de 1992. De 1994 a 1996 fez o mestrado em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Em 2016 defendeu sua tese de doutorado em Teologia pela PUC Rio de Janeiro. Retornando de Roma, em 1996, assumiu como pároco/reitor do santuário Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Lençóis Paulista (SP), arquidiocese de Botucatu, onde se encontra até hoje.
O religioso assumiu e desenvolveu, entre outras, as seguintes funções na arquidiocese e província eclesiástica: assessor da Pastoral Familiar, professor de Teologia na Faculdade João Paulo II, em Marília (SP), foi responsável pelo Jornal Monitor Diocesano e assessor do Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Arquidiocese, Coordenador arquidiocesano de Pastoral, Coordenador de Pastoral da província eclesiástica de Botucatu. Além disto, foi fundador e presidente da casa de acolhida “Mãe da Piedade” para moradores de rua e toxicodependentes, é vigário geral da Arquidiocese, coordenou o Conselho de Presbíteros e assumiu a função de Assessor da Renovação Carismática Católica.
Saudação
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação o monsenhor Carlos José de Oliveira. O texto é assinado pelo secretário-geral da Conferência, dom Leonardo Steiner. Confira, abaixo, a saudação na íntegra:
Saudação da CNBB ao monsenhor Carlos José de Oliveira
Brasília, 12 de dezembro de 2018
Prezado irmão, Monsenhor Carlos José de Oliveira.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recebeu com satisfação a sua nomeação como bispo de Apucarana (PR), nesta quarta-feira, 12 de dezembro. Sua formação no campo da Teologia Moral e da Cristologia é sinal de uma preparação remota da Divina Providência em vista da missão que a Igreja lhe apresenta neste momento da vida.
Saudamos a sua chegada em nosso meio com as palavras do Papa Francisco pronunciadas por ocasião de uma celebração matinal da Eucaristia na Casa Santa Marta, no mês de maio deste ano de 2018: “Esta é experiência do bispo: o bispo sabe discernir o Espírito, sabe discernir quando é o Espírito de Deus que fala e que sabe defender-se quando fala o espírito do mundo […] se oferece ao Senhor, obediente. Advertido pelo Espírito. O bispo vai avante sempre, mas segundo o Espírito Santo”.
Desejamos que seu empenho pastoral seja recompensado com frutos abundantes para o Reino de Deus e enviamos o nosso abraço fraternal de boas-vindas à nossa Conferência Episcopal.
Em Cristo,
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
Fonte: CNBB

Santo do dia

Santa Luzia



A devoção a Santa Luzia faz parte da tradição católica, mas somente em 1894 descobriu-se uma inscrição escrita em grego sobre um sepulcro em Nápolis, confirmando a existência da mártir de Siracusa.

Desde o século V os cristãos devotam a Luzia a proteção as coisas que se referem a visão e aos olhos. Diz a antiga tradição oral que essa proteção se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo.

Luzia pertencia a uma rica família napolitana de Siracusa. Sua mãe prometeu dar a filha como esposa a um jovem da corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado.

A mãe, acometida com uma séria doença, não queria abrir mão do casamento da filha, mas após uma peregrinação ao túmulo de Santa Águeda, onde ficou curada, a mãe aceitou que a filha permanecesse virgem.

Mas o noivo de Luzia, revoltado, denunciou a jovem para as autoridades romanas, acusando de ser cristã. O imperador Diocleciano, conhecido pela crueldade, tentou obrigar Luzia a prostituir-se, mas a jovem não submeteu-se. Cheio de raiva, os algozes assassinaram a jovem naquele mesmo lugar, cortando-lhe a garganta.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Fonte: http://www.catolicoorante.com.br

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Hoje é celebrada a Festa da Transladação da Casa da Virgem de Loreto


Segundo a tradição, a Santa Casa de Loreto é a mesma Casa de Nazaré, na qual se deu o anúncio do Anjo, foi concebido Jesus Cristo e onde o Senhor viveu com José e a Virgem. Apresentamos a história de como milagrosamente esta casa “voou” da Terra de Jesus até Loreto, na Itália, cuja festa é celebrada neste dia 10 de dezembro.
A Santa Casa de Nazaré tinha duas partes, uma pequena gruta e uma estrutura de tijolos que se estendia a partir da entrada da gruta.
Em 1291, os sarracenos conquistaram a Terra Santa e queriam destruir todos os lugares sagrados do cristianismo. Quando chegaram às proximidades de Nazaré, os inimigos diziam: “nunca mais os cristãos celebrarão a Anunciação aqui”.
A basílica construída sobre a Casa tinha sido destruída em duas ocasiões (1090 e 1263), mas a Casa permaneceu intacta. No entanto, os cruzados não puderam voltar a reconstruí-la e o lar de Maria ficou desprotegido.
Segundo a tradição do translado, quando os cruzados perdiam o controle na Terra Santa, o Senhor enviou seus anjos com a ordem de levarem a casa para um lugar seguro.
Em 12 de maio de 1291, os anjos a transladaram para uma cidade chamada Tersatto, na Croácia. Pela manhã, os vizinhos ficaram surpresos ao ver a Casa sem fundações e sem saber como chegou.
Dentro, encontraram um altar de pedra e em cima dele uma estátua de cedro da Virgem Maria com o menino Jesus em seus braços. O menino segurava com sua mão esquerda uma esfera de ouro que representava o mundo e seus dois dedos da mão direita estavam estendidos, como abençoando. Ambos vestiam uma espécie de túnica e tinham coroas de ouro.
Dias depois, a Virgem apareceu a um sacerdote local e explicou a ele o lugar de onde a Casa procedia. Maria lhe disse: “deves saber que a casa que recentemente foi trazida a tua terra é a mesma casa na qual eu nasci e cresci. Aqui, na Anunciação do Anjo Gabriel, eu concebi o Criador de todas as coisas. Aqui, o Verbo se fez carne”.
“O altar foi que foi transladado com a casa foi consagrado por Pedro, o Príncipe dos Apóstolos. Esta casa veio de Nazaré para tua terra pelo poder de Deus, para o qual nada é impossível”, acrescentou.
Como verdadeira prova de tudo o que a Virgem lhe comunicou, o presbítero foi curado. O sacerdote, que tinha estado doente por muito tempo, anunciou o milagre e começaram as peregrinações. Os habitantes elevaram sobre a Casa um edifício simples para protege-la da natureza.
Depois de três anos e cinco meses, em 10 de dezembro de 1294, a Casa desapareceu de Tersatto e alguns pastores de Loreto, na Itália, disseram ter visto uma casa voando sobre o mar e sustentada por anjos. A tradição assinala que um anjo com capa vermelho, São Miguel, dirigia os outros e a Virgem com o Menino estavam sentados sobre a Casa.
Os anjos baixaram o recinto a um lugar chamado Banderuola e, posteriormente, levaram-na a uma colina, no meio de uma propriedade, para depois ser transladada a outra colina. Foi colocada no meio do caminho e ocupou esse local por mais de 700 anos.
Dois anos depois, a Virgem se apresentou a Paulo, um eremita, a quem contou a origem e a história da Santa Casa. Ele compartilhou com as pessoas do povoado e iniciaram medidas para verificar a autenticidade.
Os peritos foram a Tersatto e viram que a réplica que os moradores tinham feito era exatamente a mesma que a de Loreto e que muitos elementos coincidiam. Em Nazaré, constataram que as medidas da fundação eram exatas às da Casa em Loreto e a réplica construída em Tersatto.
Após 6 meses, voltaram a Loreto e foi declarada a autenticidade da Santa Casa, que não tem fundação, porque esta permaneceu em Nazaré.
Com o tempo, muitos peregrinos foram ao Santuário e o Papa Clemente VII mandou fechar a porta original e que fossem construídas três portas para que as pessoas não brigassem por ter apenas uma porta de entrada e saída.
Ninguém pediu permissão à Virgem e, por isso, quando o arquiteto pegou seu martelo para dar início ao trabalho, sua mão começou a tremer. Depois disso, ninguém quis fazer o trabalho, até que um clérigo aceitou e, ajoelhando-se, disse à Mãe de Deus que este era um pedido do Papa e que se ela estava zangada, que ela se resolvesse com o Pontífice.
O clérigo pôde completar o seu trabalho e as pessoas de Loreto quiseram proteger a Casa erguendo uma parede de tijolo. Quando terminaram, a parede se separou da Casa e, por isso, há um espaço entre a Santa Casa e a parede construída.
Em outra ocasião, um Bispo de Portugal, com a permissão do Papa, mandou seu secretário tirar uma pedra e leva-la para construir uma Igreja em honra à Virgem de Loreto. O Prelado ficou doente e, quando o secretário chegou, o Bispo estava quase morto.
O Bispo pediu a algumas religiosas que rezassem por ele e, dias depois, recebeu uma mensagem: “Nossa senhora disse, se o Bispo deseja se recuperar, deve devolver à Virgem o que ele pegou”. O Bispo e o secretário ficaram desconcertados porque ninguém sabia da pedra. O secretário devolveu o objeto e o Bispo se recuperou.
Por esta razão, os Papas proibiram que se extraia alguma parte da Santa Casa.
Grandes santos passaram por esta Casa, como São Francisco de Sales, Santa Teresa de Lisieux, São Maximiliano Kolbe, São João XXIII e São João Paulo II.
A tradição que conta a transladação feita pelos anjos não seria a única explicação da Santa Casa de Loreto, mas também há documentos que indicariam que o responsável seria um comerciante chamado Nicéforo Angelo del S. XIII. Em todo caso, o translado, sem dúvidas, teve a proteção e orientação do céu.

Romaria Nacional da Juventude 2019: unidade da juventude na Casa da Mãe Aparecida


O encontro dos jovens na Casa da Mãe Aparecida já tem data! A Romaria Nacional da Juventude 2019 acontecerá no dia 27 de abril de 2019 no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida a partir das 13h30. Com o tema “Maria: Paixão pela vida e pelo Senhor da vida”, o evento reunirá os jovens para momentos de espiritualidade, formação e confraternização, proporcionando um grande encontro das diversas expressões juvenis que vivem e levam o amor de Cristo pelo Brasil.
A romaria é realizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB (CEPJ) em parceria com o Santuário Nacional. As caravanas poderão se inscrever para a romaria a partir de um formulário online que será lançado especialmente para o evento em breve.
Esta será a quarta edição da Romaria Nacional com o atual formato. Com o projeto Rota300, em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba do Sul, foi possível repensar e retornar com a atividade, que durante muitos anos levou os jovens ao santuário mariano até a década de 1990.
Para Pe. Antônio Ramos do Prado, sdb, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, a romaria é um importante momento de unidade para a juventude. “A cada ano temos uma temática ligada à Maria ou a um tema em destaque para a Igreja no momento. A romaria tem também uma identidade de formação de lideranças, catequese, testemunhos, missa, conferência, caminhada e um evento à noite com música”, conta.
O objetivo da romaria é que todos as expressões juvenis do país se encontrem, tenham este momento de confraternização e também de se reconhecerem, pois a diversidade dos carismas na juventude é uma riqueza para a Igreja, sendo a romaria um desses momentos de unidade. “Sabemos da dificuldade de todos participarem porque o país é muito grande. Uma sugestão dos bispos dos regionais é que este formato de romaria aconteça em outros lugares do Brasil também e estamos refletindo essas possibilidades”, adianta o assessor.
Conheça a identidade visual da Romaria Nacional da Juventude 2019
Além da silhueta da imagem de Nossa Senhora Aparecida, a estrela, a cruz, o coração e os pés são os elementos centrais da identidade visual da Romaria Nacional 2019. Desenvolvida pela equipe de design do Jovens Conectados, os elementos têm como referência de frases do Papa Francisco ditas na Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, mensagem enviada aos jovens da Rota300, na mensagem aos jovens brasileiros em vídeo durante o Sínodo dos Bispos em outubro deste ano, e na exortação Evangelli Gaudium. Confira os elementos e as referências:
Serviço
Texto e fotos Jovens Conectados
Fonte: CNBB

O que Pio IX sentiu quando proclamou o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria


“Quando comecei a publicar o decreto dogmático, senti a minha voz impotente para se fazer ouvir pela imensa multidão (50 mil pessoas) que se apinhava na Basílica Vaticana. Mas, quando cheguei à fórmula da definição, Deus deu à voz do seu Vigário tal força e tal vigor sobrenatural, que fez ressoar toda Basílica. E eu fiquei tão impressionado por tal socorro divino, que fui obrigado a suspender, por um instante, a palavra para dar livre desafogo às minhas lágrimas.
Além disso, enquanto Deus proclamava o dogma pela boca do seu Vigário, Ele mesmo deu ao meu espírito um conhecimento tão claro e tão grande da incomparável pureza da Santíssima Virgem que, abismado na profundidade desse conhecimento, que linguagem alguma poderia descrever, a minha alma ficou inundada de delícias inenarráveis, delícias que não são terrenas e que se não poderiam experimentar senão no Céu.
Nenhuma prosperidade, nenhuma alegria deste mundo poderia dar a menor ideia daquelas delícias. E não temo em afirmar que o Vigário de Cristo precisou de uma graça especial para não morrer de doçura, sob a impressão de tal conhecimento e de tal sentimento de beleza incomparável de Maria Imaculada.
Tu, minha caríssima filha [dirige-se o Papa à freira-superiora], foste felicíssima no dia da tua primeira comunhão e mais ainda no dia da tua profissão religiosa. Eu mesmo conheci o que significa ser feliz no dia da ordenação sacerdotal. Ora bem, reúne todas essas felicidades, com outras ainda, multiplica-as sem medida para fazer todas juntas uma só felicidade, e tu terás, assim, uma pequena ideia do que provou o papa no dia 8 de Dezembro de 1854”.
Domenico Bertetto, Il papa dell’Immacolata, Pio IX. Civiltà (1972), pp. 63 a 65

8 coisas que precisa saber sobre a Imaculada Conceição


Neste dia 8 de dezembro, a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição, doutrina de origem apostólica foi proclamado dogma pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854, com a bula “Ineffabilis Deus”.
Para entender melhor este dogma, apresentamos a seguir oito coisas que deve saber:
1. A quem se refere a Imaculada Conceição?
Há uma ideia popular de que se refere à concepção de Jesus pela Virgem Maria. Entretanto, não é a este fato que se refere esta solenidade, mas sim à maneira especial em que Maria foi concebida. Esta concepção não foi virginal (ou seja, ela teve um pai humano e uma mãe humana), mas foi especial e única de outra maneira…
2. O que é a Imaculada Conceição?
A explicação está no Catecismo da Igreja Católica:
490. Para vir a ser Mãe do Salvador, Maria “foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande missão”. O anjo Gabriel, no momento da Anunciação, saúda-a como “cheia de graça”. Efetivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse totalmente movida pela graça de Deus.
491. Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, “cumulada de graça” por Deus, tinha sido redimida desde a sua conceição. É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, procla­mado em 1854 pelo Papa Pio IX:
“Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição”.
3. Isso significa que Maria nunca pecou?
Sim. Devido à forma de redenção que foi aplicada a Maria no momento de sua concepção, ela não só foi protegida do pecado original, mas também do pecado pessoal. O Catecismo explica:
493. Os Padres da tradição oriental chamam ã Mãe de Deus “a toda santa” (“Panaghia”), celebram-na como “imune de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura”. Pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida.
4. Quer dizer que Maria não precisava que Jesus morresse por ela na cruz?
Não. O que dissemos é que Maria foi concebida imaculadamente como parte de seu ser “cheia de graça” e assim “redimida desde a sua conceição” por “uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano”. O Catecismo afirma:
492. Este esplendor de uma “santidade de todo singular”, com que foi “enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição”, vem-lhe totalmente de Cristo: foi “remida de um modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho”. Mais que toda e qualquer outra pessoa criada, o Pai a “encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo” (Ef 1, 3). “N’Ele a escolheu antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença” (Ef 1, 4).
508. Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe do seu Filho. “Cheia de graça”, ela é “o mais excelso fruto da Redenção”. Desde o primeiro instante da sua concepção, ela foi totalmente preservada imune da mancha do pecado original, e permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo da vida.
5. Como isso faz um paralelo entre Maria e Eva?
Adão e Eva foram criados imaculados – sem pecado original ou sua mancha. Ambos caíram em desgraça e, através deles, a humanidade estava destinada a pecar.
Cristo e Maria também foram concebidos imaculados. Ambos permaneceram fiéis e, através deles, a humanidade foi redimida do pecado.
Jesus é o novo Adão e Maria, a nova Eva.
O Catecismo diz:
494… “Como diz Santo Irineu, ‘obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano’. Eis porque não poucos Padres afirmam, tal como ele, nas suas pregações, que ‘o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a Virgem Maria com a sua fé’; e, por comparação com Eva, chamam Maria a ‘Mãe dos vivos’ e afirmam muitas vezes: ‘a morte veio por Eva, a vida veio por Maria’”.
6. Como isso torna Maria um ícone do nosso destino?
Aqueles que morrem na amizade com Deus e assim vão para o céu serão libertados de todo pecado e mancha de pecado. Assim, todos voltaremos a ser “imaculados” (latim, immaculatus = “sem mancha”), se permanecermos fiéis a Deus.
Mesmo nesta vida, Deus nos purifica e prepara em santidade e, se morrermos na sua amizade, mas ainda imperfeitamente purificados, Ele nos purificará no purgatório e nos tornará imaculados de novo. Ao dar a Maria esta graça desde o primeiro momento de sua concepção, Deus nos mostra uma imagem de nosso próprio destino. Ele nos mostra que isso é possível para os seres humanos através da sua graça. São João Paulo II disse:
“Contemplando este mistério numa perspectiva mariana, podemos afirmar que ‘Maria é, ao lado do seu Filho, a imagem mais perfeita da liberdade e da libertação da humanidade e do cosmos. É para ela, pois, que a Igreja, da qual ela é mãe e modelo, deve olhar para compreender, na sua integralidade, o sentido de sua missão’”.
“Fixemos, então, o nosso olhar sobre Maria, imagem da Igreja peregrina no deserto da história, mas dirigida para a meta gloriosa da Jerusalém celeste, onde resplandecerá como Esposa do Cordeiro, Cristo Senhor”.
7. Era necessário para Deus que Maria fosse imaculada na sua concepção para que pudesse ser Mãe de Jesus?
Não. A Igreja fala apenas da Imaculada Conceição como algo que era “apropriado”, algo que fez de Maria uma “morada apropriada” (ou seja, uma moradia adequada) para o Filho de Deus, não algo que era necessário. Assim, em preparação para definir do dogma, o Papa Pio IX declarou:
“…e, por isso, afirmaram (os Padres da Igreja) que a mesma santíssima Virgem foi por graça limpa de toda mancha de pecado e livre de toda mácula de corpo, alma e entendimento, que sempre esteve com Deus, unida com ele com eterna aliança, que nunca esteve nas trevas, mas na luz e, de conseguinte, que foi aptidíssima morada para Cristo, não por disposição corporal, mas pela graça original”.
“Pois não caía bem que Aquele objeto de eleição fosse atacado, da universal miséria pois, diferenciando-se imensamente dos demais, participou da natureza, não da culpa; mais ainda, muito mais convinha que como o unigênito teve Pai no céu, a quem os serafins exaltam por Santíssimo, tivesse também na terra Mãe que não houvesse jamais sofrido diminuição no brilho de sua santidade”.
8. Como celebramos a Imaculada Conceição hoje?
No rito latino da Igreja Católica, a Solenidade da Imaculada Conceição é no dia 8 de dezembro e em muitos países é uma festa de guarda; portanto, os fiéis católicos devem assistir à Missa.
Publicado originalmente em National Catholic Register.

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O papa Francisco nomeou, nesta quarta-feira, 13 de março, para a diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ) dom Luiz Henrique da Silv...