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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O combate à corrupção começa na família






Ao analisarmos o histórico brasileiro das lutas de combate à corrupção podemos cair na tentação de achar que o nosso país não tem jeito. Mesmo com diversas frentes mobilizadoras, parece não haver solução para o caso brasileiro. É desanimador, mas ainda há esperança, sim. Para que mudemos o rumo, precisamos, antes, de um preciso diagnóstico.
Aqui, corrupção não é algo patenteado por um grupo ou partido. Está mais que confirmado: é cultural. Infelizmente.
Diante de uma constatação assustadora, é possível dois tipos de ações: ou permanecemos como estamos ou mudamos a estrutura desde a base. E qual é a base? Não há dúvidas que a base da nossa civilização é a família. A instituição familiar (mesmo que fragilizada) hoje analisada sob seus mais diferentes perfis, é a única capaz de fomentar e sustentar uma mudança cultural radical no Brasil.

A cultura da honestidade, da retribuição justa, da valorização do que é ético, correto e que contribui para o bem comum e não apenas para o bem estar particular, só poderá ser implantada com sustentabilidade através das famílias.
Infelizmente uma segunda triste constatação no caso brasileiro é que muitas de nossas famílias estão corruptas e são escolas de desonestidade. É lá que, muitas vezes, se ensina a mentir, a enganar, a dar um “jeitinho”. Quando esses valores são introduzidos na criança a partir de seus principais referenciais, é certo que este ser humano terá grandes possibilidades de ser um agente corrupto e corruptor na sociedade.

A educação falseada, que oferece todos os bens materiais a qualquer custo também é um risco de ser uma grande escola de corrupção. Se um pai ou uma mãe dá tudo o que o filho pede, mesmo sem ter condições financeiras para tal, é muito possível que este ser humano será um cidadão mimado, capaz de fazer qualquer coisa para, sempre, ter tudo o que deseja. E os atos de corrupção fazem parte da trilha mais rápida para alcançar esses desejos materiais.
Será vão querer reformar o país apenas pelas vias superiores sem que a base esteja alicerçada, sólida e preparada para implantar uma “nova cultura”. O Brasil precisa desta reforma cultural e esta reconstrução passa pelas famílias e depois se estenderá para as escolas, empresas, partidos políticos e todas as demais estruturas sociais. É possível, mas as famílias precisam voltar a colaborar!
Everton Barbosa é jornalista, escritor e palestrante
Artigo publicado na revista da Associação Comercial e Empresarial de Maringá-PR (ACIM) – novembro de 2015.
www.evertonbarbosa.com.br
Fonte; http://cleofas.com.br

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