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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Festa da Assunção de Nossa Senhora


O que a Igreja nos ensina sobre a ressurreição e Assunção de Nossa Senhora ao céu?
Bem, antes de tudo vamos ler o que o Papa Pio XII disse ao proclamar este dogma sobre a Virgem Maria, na Constituição Apostólica “Munificientissimus Deus”, no dia 1 de novembro de 1950. Sua festa é celebrada no dia 15 de agosto; no Brasil passou para o domingo seguinte. Disse Pio XII:
“Cristo, com Sua morte, venceu o pecado e a morte e sobre esta e sobre aquele alcançará também vitória pelos merecimentos de Cristo quem for regenerado sobrenaturalmente pelo batismo. Mas por lei natural Deus não quer conceder aos justos o completo efeito dessa vitória sobre a morte, senão quando chegar o fim dos tempos. Por isso os corpos dos justos se dissolvem depois da morte, e somente no último dia tornarão a unir-se, cada um com sua própria alma gloriosa. Mas desta lei geral Deus quis excetuar a Bem-Aventurada Virgem Maria. Ela, por um privilégio todo singular venceu o pecado; por sua Imaculada Conceição, não estando por isso sujeita à lei natural de ficar na corrupção do sepulcro, não foi preciso que esperasse até o fim do mundo para obter a ressurreição do corpo”.
E assim, na Praça de São Pedro em Roma, circundado por 36 cardeais, 555 Patriarcas, Arcebispos e Bispos, e perante cerca de um milhão de fiéis, o Papa proclamava solenemente:
“Depois de haver mais uma vez elevado a Deus nossas súplicas e invocado as luzes do Espírito Santo, a glória de Deus Onipotente, que derramou sobre a Virgem Maria Sua especial benevolência, em honra de Seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte, para maior glória de Sua augusta Mãe e para a alegria e exultação de toda a santa Igreja, e pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma de fé revelado por Deus que: a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma”.
Naquele momento brados de alegria subiram aos céus, e uma enorme torrente de júbilo atravessou os corações da multidão que enchia a grande Igreja de São Pedro e a mais bela praça do mundo. É interessante lembrar que o Santo Padre Pio XII havia recebido inúmeras petições vindas do mundo para que proclamasse o dogma da Assunção. Assim, 3.387 Cardeais, Patriarcas, Arcebispos e Bispos; 142 Gerais de Ordens e Congregações, representando 222.000 religiosos; 35 Capítulos Gerais de Congregações; 200 Universidades católicas, Ateneus e Seminários 7 Congressos Marianos Internacionais; 20 Congressos Marianos nacionais; 40 Congressos Marianos regionais; além de muitos religiosos, e nações, por ocasião de congressos de estudos, pediram ao Papa a proclamação do dogma, que o Concílio Vaticano I não pôde concluir em 1870 devido à ocupação de Roma pelas tropas do exército de Victor Emanuel II, do Piemonte.
A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos. Diz o nosso Catecismo que: “De modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração da vida sobrenatural das almas. Por este motivo ela se tornou para nós mãe na ordem da graça” (n.968). E agora intercede por cada um dos seus filhos no céu. Com muita alegria e fé a Igreja nos ensina que: “Esta maternidade de Maria no plano de Deus para a salvação da humanidade, é para sempre, a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até a perpétua consumação de todos os eleitos. “Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. “Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora. protetora, medianeira” (n. 968). No céu ela é a Rainha dos anjos, dos santos, dos mártires, dos patriarcas, dos profetas, dos Apóstolos… Rainha do céu e da terra, e sua “festa de Rainha”, coroada no céu pela SS. Trindade, é celebrada pela liturgia no dia 22 de agosto.
Afinal, Deus mandou o seu Anjo lhe dizer: “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendito é fruto do teu ventre!”. E ela reconheceu que “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). Por isso a piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão.
Prof. Felipe Aquino
Fonte: Editora cleofas.

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